No
Sábado passado morreu Elie Wiesel com 87 anos. Sobrevivente do Holocausto e
Nobel da Paz, tornou-se numa das vozes mais influentes sobre a questão judaica
e o horrendo crime nazi. Aos 15 anos foi deportado para Auschwitz juntamente
com seu pai. A mãe e uma das suas irmãs morreram nas câmaras de gás e Wiesel
viu o pai ser espancado até à morte por um agente das SS. Aos dezasseis anos
foi libertado pelas tropas norte-americanas do campo de Buchenwald. Ele e duas
irmãs mais velhas.
Ao
contrário de Primo Lévi e outros sobreviventes do Holocausto, conseguiu sobreviver ao
suicídio.
Contou
esta experiência em três livros: Noite,
Dia e Amanhecer. O primeiro é o mais conhecido e o mais traduzido.
Um
testemunho emocionante. Nesta narrativa autobiográfica, Wiesel descreve o que
aconteceu aos judeus de Sighet, uma
pequena cidade da Transilvânia, onde personagens como o Maceiro Moché ganham
vida e importância apesar da sua pobreza. Foi com este mendigo que Wiesel aos
doze anos havia de iniciar o estudo da Cabala através do livro místico o Zhoar.
Foi
ainda este mendigo que contou a Wiesel a sua história e a dos seus
companheiros. Como muitos foram abatidos sem dó nem piedade pelos membros da
Gestapo, como os bebés eram atirados ao ar como alvos da metralha e por aí
adiante …
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