terça-feira, 1 de março de 2016

Chaves

Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra. 


De Chaves são conhecidos vestígios da presença humana na região que remontam à época do Paleolítico, bem como de civilizações proto-históricas,  nomeadamente  muitos castros,  género do da Curalha. Mas é da época da invasão romana que ficou o mais notável testemunho dessa presença em terras transmontanas. Elevada à categoria de Municipio, no ano 79 d.C., quando  governava Tito Flávio Vespasiano Augusto, para proteger o burgo logo foram construídas muralhas e para atravessar o rio fizeram a ponte de Trajano.  Desta pontes nos diz a Infopédia:“Erguida em sólido e duro granito transmontano, a antiga Ponte de Trajano, sobre o leito do Rio Tâmega, ligava ambas as margens da importante civitas romana de Aquae Flaviae, correspondente à moderna cidade de Chaves. Esta ponte romana foi uma importante obra de engenharia do eixo viário que estabelecia a ligação entre Bracara Augusta (Braga) e a cidade espanhola de Astorga. Obra notável foi também o aproveitamento das medicinais águas termais, com a construção de balneários, dando fama à terra que então passou a ser conhecida por Aquae Flaviae, e ainda hoje os habitantes de Chaves são conhecidos por flavienses. Terra fidalga cujo porte e a magia salutar das suas águas ferventes que dos romanos aos nossos dias capta forasteiros vindos de toda a parte à procura de cura, desporto e lazer, alarga os seus domínios a outros lugares de sonho e de nobreza como, por exemplo, Vidago, afastado de cidade apenas por uns escaços 15km.

Atravessada pela estrada nacional nº2, que ligava Chaves a Faro, a vila de Vidago além das suas famosas águas alcalinas que excede a alcalinidade de Vichy, na Europa só em Uriage (França) se dão injecções intramusculares, de água viva, para a cura de eczemas, coriza hidroreica, urticária, bronquites, asma e outras moléstias. Mas é no seu Palace Hotel que Vidago se mostra senhorial aos olhos do visitante que sabe apreciar o luxo de um hotel e o encanto natural de um parque centenário. Aqui é que mesmo só visto. Edifício tão nobre, que deve o seu projecto ao Rei D. Carlos, pois desejava ver construída uma estância termal de luxo com projecção internacional. Aí a temos desde 1910, e com altos e baixos reabriu agora, em 2010, cem anos depois da sua inauguração.
O espaço, a gastronomia, o campo de golfo e o monumental Palace Hotel ali escondido na floresta secular , são atrativos que enobrecem e dão prazer visitar na região, onde no antigo bispado de Chaves pastoreou o bispo Idácio.

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A Barrosana / Edição Especial

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