De Chaves são conhecidos
vestígios da presença humana na região que remontam à época do Paleolítico, bem
como de civilizações proto-históricas,
nomeadamente muitos castros, género do da Curalha. Mas é da época da
invasão romana que ficou o mais notável testemunho dessa presença em terras
transmontanas. Elevada à categoria de Municipio, no ano 79 d.C., quando governava Tito Flávio Vespasiano Augusto,
para proteger o burgo logo foram construídas muralhas e para atravessar o rio
fizeram a ponte de Trajano. Desta pontes
nos diz a Infopédia:“Erguida em sólido e duro granito transmontano, a antiga
Ponte de Trajano, sobre o leito do Rio Tâmega, ligava ambas as margens da
importante civitas romana de Aquae Flaviae, correspondente à moderna cidade de
Chaves. Esta ponte romana foi uma importante obra de engenharia do eixo viário
que estabelecia a ligação entre Bracara Augusta (Braga) e a cidade espanhola de
Astorga. Obra notável foi também o aproveitamento das medicinais águas termais,
com a construção de balneários, dando fama à terra que então passou a ser
conhecida por Aquae Flaviae, e ainda hoje os habitantes de Chaves são
conhecidos por flavienses. Terra fidalga cujo porte e a magia salutar das suas
águas ferventes que dos romanos aos nossos dias capta forasteiros vindos de
toda a parte à procura de cura, desporto e lazer, alarga os seus domínios a
outros lugares de sonho e de nobreza como, por exemplo, Vidago, afastado de
cidade apenas por uns escaços 15km.
Atravessada pela estrada
nacional nº2, que ligava Chaves a Faro, a vila de Vidago além das suas famosas
águas alcalinas que excede a alcalinidade de Vichy, na Europa só em Uriage
(França) se dão injecções intramusculares, de água viva, para a cura de
eczemas, coriza hidroreica, urticária, bronquites, asma e outras moléstias. Mas
é no seu Palace Hotel que Vidago se mostra senhorial aos olhos do visitante que
sabe apreciar o luxo de um hotel e o encanto natural de um parque centenário.
Aqui é que mesmo só visto. Edifício tão nobre, que deve o seu projecto ao Rei
D. Carlos, pois desejava ver construída uma estância termal de luxo com
projecção internacional. Aí a temos desde 1910, e com altos e baixos reabriu
agora, em 2010, cem anos depois da sua inauguração.
O espaço, a gastronomia,
o campo de golfo e o monumental Palace Hotel ali escondido na floresta secular
, são atrativos que enobrecem e dão prazer visitar na região, onde no antigo
bispado de Chaves pastoreou o bispo Idácio.
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