terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O mito de Actéon e os javalis do Norte

 
Grupo escultórico em Caserta - Itália
Giordano Bruno em Furores Divinos, interpreta filosoficamente o mito de Actéon, descrito nas Metamorfoses de Ovídio. Filho de Aristeu e Autónoe; neto de Apolo e Harmonia, foi educado, tal como o pai, pelo centauro Quíron despertando grande interesse pela cinegética. Certo dia, nas suas caçadas, foi beber água à fonte clara, onde a água cristalina se assemelhava à prata. Aí tem a visão da casta Artémis (Diana) nua a banhar-se. A deusa atirou-lhe água para o rosto, transformando-o num cervo, excitando os cinquenta cães que o acompanhavam. Não reconhecendo o dono, devoraram-no.
Uma das interpretações deste mito (que não é a de Giordano Bruno) prende-se com a avidez da caça, de esgotar recursos caçando com tantos cães.
O mito de Actéon assaltou-nos a memória quando observamos, na internet, imagens imensas como a que reproduzimos acima. Um verdadeiro massacre associado às associações de caça do Norte.
O Homem apenas devia caçar o que necessita.    Armando Palavras


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