Grupo escultórico em Caserta - Itália |
Giordano
Bruno em Furores Divinos, interpreta
filosoficamente o mito de Actéon, descrito nas Metamorfoses de Ovídio. Filho de Aristeu e Autónoe; neto de Apolo e
Harmonia, foi educado, tal como o pai, pelo centauro Quíron despertando grande
interesse pela cinegética. Certo dia, nas suas caçadas, foi beber água à fonte
clara, onde a água cristalina se assemelhava à prata. Aí tem a visão da casta
Artémis (Diana) nua a banhar-se. A deusa atirou-lhe água para o rosto,
transformando-o num cervo, excitando os cinquenta cães que o acompanhavam. Não
reconhecendo o dono, devoraram-no.
Uma
das interpretações deste mito (que não é a de Giordano Bruno) prende-se com a
avidez da caça, de esgotar recursos caçando com tantos cães.
O
mito de Actéon assaltou-nos a memória quando observamos, na internet, imagens
imensas como a que reproduzimos acima. Um verdadeiro massacre associado às
associações de caça do Norte.
O
Homem apenas devia caçar o que necessita.
Armando Palavras
Sem comentários:
Enviar um comentário