O povo português exige que todos os
malabarismos em torno de um governo legítimo a partir das legislativas de
quatro de Outubro tenham termo. Porque não existe nenhum pensador sério, desde a
Antiguidade aos dias de hoje (de Aristóteles a Burke), que não entenda que o
único governo legítimo (seja em termos constitucionais, seja em termos éticos),
em democracia, seja aquele que é sufragado pelo voto popular, ou seja, pelo povo. E o único governo legítimo
sufragado, nestes termos, pelo povo a quatro de Outubro, só pode sair da força
politica que venceu as eleições. Que esse governo sufragado pelo povo a seguir
seja derrubado no parlamento por uma frente unida (neste caso a frente das
esquerdas), isso já é outra conversa. São os jogos de poder que a Constituição
(copiada dos países ricos – a este assunto voltaremos) permite. E como o
permite, a solução governativa daí emergente torna-se constitucionalmente (e
apenas constitucionalmente) legitima.
Armando Palavras
Nota: As pressões exercidas sobre o Presidente da República (como a de dar mais tempo para que os partidos cheguem a acordo - apenas para dar tempo às esquerdas) são pérfidas. Conhecendo o percurso do presidente, sabemos bem que irá decidir pela sua cabeça e não pela cabeça de uma burguesia urbana que apenas olha para o seu umbigo.
Nota: As pressões exercidas sobre o Presidente da República (como a de dar mais tempo para que os partidos cheguem a acordo - apenas para dar tempo às esquerdas) são pérfidas. Conhecendo o percurso do presidente, sabemos bem que irá decidir pela sua cabeça e não pela cabeça de uma burguesia urbana que apenas olha para o seu umbigo.
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