Jorge Lage |
1- Alheiras Detinha com qualidade testada pela revista
Proteste –
A revista Proteste fez análise de qualidade a algumas alheiras trasmontanas e
beirãs. Para além do que se houve dizer sobre alheiras, é minha convicção que a
maioria não tem a qualidade que apregoam. Um dos produtos que falha nas
alheiras é o bom azeite, que até nas melhores, é, muitas vezes, substituído
pela ordinária banha de porco. Dentro das alheiras que conheço, as duas mais
apaladadas, estão no concelho de Vinhais e não constam da listagem da Proteste.
Também não constaram da análise da Proteste, o que é pena, as alheiras:
Topitéu, Eurofumeiro e Amil. Sobre as badaladas alheiras de caça sempre as vi
com desconfiança porque me parece publicidade enganosa e que a Proteste
confirma, para as Bísaro (as Bísaro normais aparecem mais para a cauda) e as
Artefumo. Curioso é notar que em 15 marcas diferentes são as «Alheiras
Detinha», de Mirandela, que levam a melhor sobre as demais analisadas, obtendo
o «melhor teste» e a «escolha acertada». Seguem-se mais duas marcas
mirandelenses, «Terras do Vento Leste IG» e «Alheiras Angelina» (as «Alheiras
Angelina IG», aparecem no meio da tabela). Um dia passei num stand de alheiras
em Braga e estavam a apregoar as «bacalhoas» e com ervas e limitei-me a dizer: - quem sabe fazer boas alheiras vende-as
bem. Quem não sabe, inventa. Ao ponto de se estragar bacalhau em enchidos.
Ainda, em Mirandela nunca conheci morcelas, mas alheiras de sangue ou
sangueiras. É preciso sabermos respeitar a nossa cultura, mesmo a gastronómica.
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