Por: Costa Pereira
Fiquei decepcionado com a noticia que
acabo de ler online no Jornal i, do passado dia 08, que assim de chofre
anuncia: “Semanário “ A Voz de Trás-os-Montes” fechou”. Desde meados da década
de 40 que este jornal, sediado em Vila Real, se vinha impondo como porta-voz
das gentes transmontanas e alto durienses residentes ou espalhadas por todo
mundo. Enquanto a competência, a dedicação e o dinamismo de um Padre António
Maria Cardoso prevaleceu, este jornal com uma equipa de generosos colaboradores
e amigos da imprensa regional, brilhou e ganhou leitores e assinantes. Com o
abrandar da sua energia física e o passar de serviços para pessoas com outras
atitudes, o jornal ressente-se. E temos aqui o resultado. Publicação de índole
cristã, mas aberta a todos quantos criteriosamente quisessem expor as suas
ideias e pensamentos, além de noticioso A Voz de Trás-os-Montes era um jornal
atento às lacunas sociais que identificava e combatia. Fui durante muitos anos
seu colaborador e deixa-me muitas saudades. São Vicente de Paulo, não merecia
esta desfeita, e Vila Real também não, muito menos Padre Maria Cardoso de ver
perder a menina dos seus olhos: “A Voz” de Vila Real.
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