A
proposta do Ministério da Educação e Ciência com os parceiros, ao que parece
(assunto que ainda se não aprofundou), cria novas formas de contratualização
entre o Estado e as escolas privadas, dando-lhes (também ao que parece) maior
autonomia.
O
que nos trás a este assunto são questões diversificadas, mas, sobretudo o
princípio da proposta ministerial, com o qual a maioria dos portugueses
esclarecidos estão plenamente de acordo.
Esta
proposta (ainda ao que parece) pretende dar às famílias a possibilidade de
escolherem a escola em que querem colocar os seus filhos. Sejam da rede pública
ou do sector privado e cooperativo. Ou seja, o que de facto está em questão, é
a “livre escolha” como refere a fonte governamental. E isto é muito importante.
Mas já lá vamos.
Para
a Fenprof, isto é um “ataque à escola
pública”. E o mesmo disse a Doutora Maria de Lurdes Rodrigues.
É
claro que este pormenor, o da “livre escolha”, será sempre combatido por
consciências habituadas a um determinado totalitarismo. Não é de admirar
portanto, que essa gente se oponha.
A Fenprof com todos os méritos que se lhe
reconhecem na defesa de uma classe trabalhadora, não deixa, contudo, de ser uma
instituição de lóbis. Que produzem,
no sistema, um conjunto de condutas medíocres e perversas – da mediocridade da
aprendizagem dos alunos, às estruturas dirigentes das escolas, enredadas numa
burocracia que favorece amigos em prejuízo do talento e do merecimento.
Quanto
à Doutora, sempre que aparece uma novidade do género, aí vem ela como uma
sirigaita palrando sobre o que lhe interessa. Que estava em perigo a escola
pública, disse aos microfones da rádio. E que era uma questão ideológica. Vejam
bem, uma questão ideológica! Então o que fez esta senhora quando exerceu o cargo
de Ministra da Educação, em conluio com José Sócrates? Não foi por questões
ideológicas que se bateu? Ai não que não foi! Criou um sistema perverso,
totalitário e burocrático que desestruturou por completo o sistema,
prejudicando os mais capazes, favorecendo a mediocridade. Colocou como
directores de escola a gente da sua “laia” (que praticou as maiores patifarias,
hoje conhecidas).
Todas
as asneiras que fez são hoje conhecidas, e fundamentadas num sistema ideológico
totalitário, perverso.
Gente
deste tipo vive com dificuldade em paralelo com a liberdade, por essa razão é
que a “livre escolha” evocada pelo Governo lhes mete tanta confusão. Pudera!
Quem foi educado numa ideologia perversa totalitária, vive mal com a liberdade.
John
Stuart Mill tinha a capacidade de falar de temas complicados com palavras
simples. E o exemplo maior é o seu famoso ensaio On Liberty. Convertido num clássico do liberalismo, talvez o livro
fundamental das democracias modernas[1]. É,
talvez, neste livro, que o tema da liberdade atinge o seu apogeu, ao tratar da
liberdade de consciência, de opinião, de expressão e de acção.
A
tese principal do ensaio é a seguinte: a liberdade do indivíduo é absoluta,
desde que não prejudique terceiros.
Mas
a Doutora prejudicou, e muitos. Com intencionalidade (porque totalitária). Se
tivesse alguma vergonha, remetia-se ao silêncio.
As
balelas da “destruição da escola pública” apenas servem para manter o Status Quo.
[1] Juntamente com o de Tocqueville: Da Democracia na América.
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