Negócios na FILDA devem ultrapassar os 2,5 mil milhões de kwanzas
Portugal, que na edição de 2012, foi o país convidado, voltou este ano a ser o país com mais empresas presentes: 112, a maior parte das quais (92) no Pavilhão de Portugal, que tem uma área de três mil metros quadrados.
"Comparando com a edição passada, estamos num bom caminho, pois superámos as expectativas", reforçou Francisco Coutinho, acrescentado que a FILDA teve, na inauguração, um total de dez mil visitantes e que a perspectiva é que, até ao fecho das portas, pelo menos 50 mil visitantes tenham entrado durante os seis dias do evento.
Principal montra de negócios de Angola, a FILDA deste ano decorreu sob o tema "Os Desafios da Atracção de Investimento: Estratégia, Legislação, Instituições, Infraestruturas e Recursos Humanos".
Segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Angola representa para Portugal o mercado mais importante fora do espaço da União Europeia.
Os valores das exportações de bens e serviços de Portugal para Angola, nos primeiros quatro meses de 2013, totalizaram 1,343 mil milhões de euros.
No sentido inverso, e no mesmo período, as vendas de Angola a Portugal, totalizaram 1,127 mil milhões de euros.
Músico Nelo Carvalho celebra 35 anos de carreira com o álbum 'Encontros'
O
músico angolano Nelo Carvalho celebra 35 anos de carreira com o álbum
"Encontros", com o qual inicia uma trilogia, e que inclui, entre outras,
as participações de Ruy Mingas, Tito Paris e Fábia Rebordão.
O músico
de 54 anos, nos 15 temas que constituem o CD, com o selo da Get
Records, aborda diferentes estilos e ritmos musicais, nomeadamente, o
semba, a kilapanga, a rebita, o bolero, o zouk , o jazz, o merengue e o
funk.
Rafael Marques não foi ouvido porque procuradora 'está de viagem'
O
activista angolano Rafael Marques, que foi notificado pela
Procuradoria-Geral de Angola para prestar declarações ontem em
Luanda, não foi ouvido porque o instrutor do caso "encontra-se de
viagem".
"Apresentei-me na Procuradoria e na Direcção de Investigação e
Acção Penal e perguntaram-me qual era o assunto. Informei sobre o
assunto e as notificações e como resposta disseram-me que o instrutor do
caso encontra-se de viagem e o procurador responsável pelo mandado --
também me informaram -- não se encontrava no serviço", relatou à Lusa
Rafael Marques.
"É a primeira vez que acontece, mas é
extraordinário porque eu encontrava-me em Lisboa onde devia estar por
uma semana para tratar de assuntos profissionais e até visitar amigos.
Tive de mudar a passagem para vir depor com urgência", acrescentou o
activista angolano, que admite que possa vir a prestar declarações em
breve.
"Ficou adiado para eventualmente sexta-feira ou para a
semana seguinte conforme a disponibilidade dos procuradores e do
instrutor do processo", disse.
No sábado, o activista angolano
Rafael Marques disse á Lusa que tinha sido notificado pela
Procuradoria-Geral de Angola para prestar declarações no dia 23 de
Julho, em Luanda, na qualidade de arguido em 11 processos-crime.
Sobre
o jornalista Rafael Marques correm processos-crime em Portugal e em
Angola, que deram entrada na justiça na sequência da publicação do seu
livro "Diamantes de Sangue: Tortura e Corrupção em Angola", publicado em
Portugal, em 2011.
No livro, Rafael Marques acusou de "crimes
contra a humanidade" vários generais angolanos, após uma investigação
iniciada em 2004 e documenta casos de homicídio e tortura contra os
habitantes na região diamantífera das Lundas.
"Fui chamado para
prestar declarações na qualidade de arguido sobre 11 processos-crime, e
no 11º caso tenho a dupla e contraditória função de arguido e
assistente, o que do ponto de vista legal é um absurdo", disse à Lusa no
sábado.
Rafael Marques indicou também que recebeu a notificação a
17 de Julho para prestar declarações no dia 23 de julho no Departamento
Nacional de Investigação e Acção Penal da Procuradoria-Geral da
República de Angola.
Acrescentou que teve ainda conhecimento que
ia ser interrogado pela directora do Departamento, Júlia Rosa de Lacerda
Gonçalves "que está responsável pelo caso".
"Na notificação não
especificam o crime de que sou acusado, nem quem são os queixosos, mas
presumo que seja por causa do livro" publicado em Portugal, pela editora
Tinta-da-China, disse o autor.
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