Não vou escrever sobre política ou razões de Estado. O estado é outro. É cultura, é vivência social, e poderia ser um maior atrativo turístico. Neste momento ainda não sei como incluir tradições alimentares nesta crónica. Sim porque muitas vezes escrevo em vários tempos, mas a alimentação surgirá.
Tive a sorte, ou quis o meu destino, ou o meu Fado, de ter sido convidado para assistir à cerimónia de “coroação” da nova rainha de um grupo Maracatu, dia 13 de janeiro de 2013. O Az de Ouro que foi o primeiro grupo de maracatu instalado em Fortaleza no século XX, 1936. Para aqueles que não estejam familiarizados com este assunto, sugiro que leiam sobre maracatus a crónica, que escrevi em 2009, sobre “Carnaval e Maracatus”.
A Rainha, num desfile de maracatu, é a figura mais importante e tem privilégios especiais, não estando sujeita a coreografia e é o único elemento que se pode dirigir ao público ou seus “súbditos”. Não se pode quer ser rainha. Rainha é um lugar que se ganha, e por quem os brincantes assumem respeito. Por isso quando se muda de rainha é um pretexto para festa pública.
Com o Carnaval a chegar, um pouco da Cultura multicolor do Brasil:
Virgilio Gomes |
Arroz doce, sempre
É para mim o doce que mais consideraria no grupo de alimento de conforto, categoria que já ganhou designação internacional de “Comfort Food”. Os doces populares criaram raízes, evoluíram, e ficaram irremediavelmente associados a tradições. Não há festa ou romaria, ou casamento, sem um arroz doce. E também se fazia arroz doce nos conventos, parecendo-me que não deva ser integrado no grupo de doçaria conventual.
Parece fácil entender que o arroz doce vem possivelmente dos mouros que habitaram o território antes da independência portuguesa. Aliás ainda hoje encontramos em todo o Magrebe receitas algo semelhantes às nossas. Eles por vezes servem em copos como sendo um creme ou ainda, em travessa, quase igual ao nosso.
Começar o mês com um doce carinhoso:
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