sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Virgilio Gomes - Comer português, no estrangeiro



Virgilio Gomes
Já não são novidade as minhas reflexões sobre o que se considera comida portuguesa no estrangeiro, as suas dificuldades, as suas teimosias, e a irreverente desinformação que tal provoca aos consumidores locais. Por vezes, quando têm a oportunidade de vir a Portugal e frequentam restaurantes se encontram baralhados pois, os pratos que conheceram no estrangeiro, nem sempre correspondem à tradicional forma de confeção em território luso.
Comecemos pelos produtos. Nem sempre os produtos locais coincidem em qualidade e sabor aos produtos portugueses. É errado insistir em receitas cujos produtos não se assemelham, sequer, aos nossos. Não vale a pena tentar confecionar “Carne de Porco à Alentejana” quando não há ameijoa. Não vale fazer “Bacalhau à Zé do Pipo” quando se retira a maionese, e se substitui por claras em castelo. Não vale inventar um “Bacalhau à Transmontana” gratinado com molho Bechamel, … Seria longo o citar de exemplos do que não se deve fazer em restaurantes portugueses pelo Mundo. Mas não há só exemplos pela negativa. Felizmente encontramos, também, bons exemplos e bom trabalho de alguns. Claro que, voltando aos produtos, Portugal tem categoricamente “o melhor peixe do Mundo” não sendo fácil chegar a todas as localizações pretendidas. Certo é que grandes chefes de cozinha de Nova Iorque a Paris, conseguem obtê-lo apesar de ser a um preço elevado, mas a sua qualidade compensa-os no resultado final. O bom é convidar todos a comer peixe em Portugal.

Algumas saudades do conforto à mesa:

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