Hoje contar-vos-ei uma pequena aventura dos meus bichinhos de estimação-- O HONDINHA E A PULGUINHA--O MEU CÃO E A MINHA GATA.
Às vezes sou uma pateta que tem pena de tudo e de todos.
Um dia a minha Filha apareceu-me com uma gatita preta quase recém nascida, lá em casa. O que acontecera? Foi no Liceu, no recreio (na Beira), que a gatita correra para os pés da Sonia e deitara-se sobre um pé.Tocou para a aula, ela agarrou-a, mete-a no saco e levou-a com ela, de acordo com as colegas. Correu tudo bem no princípio, até que a gatita miou baixinho.
A Professora perguntou quem tinha um gato.
Silêncio !
Mas claro, a gata - a que a Sonia chamaria Speed e eu Pulguinha, porque saltava como uma pulga - tornou a miar e a Sonia levantou- se mostrando a gata. E nesse dia a lição foi sobre animais. A Professora fora simpática, não se zangou e as alunas agradeceram-lhe.
Quem teve de tratar da gata fui eu. A Sonia só me arranjava trabalhos e eu tinha de me desembaraçar depois. Com o cão foi o mesmo. Comprou o cão a alguém que estava na piscina do Grande Hotel da Beira. Parecia uma bola de lã. E lá ficou em casa...e os dois escondidos...para o Papá não os descobrir. Os dois bebés criados a biberon. Francamente, só eu. A Pulguinha dormia nos braços do Hondinha que tinham motorizadas Honda e. - nome dado por ela e colegas e, durante algum tempo, dormia uma noite em cada casa e adorava andar de mota, sentando-se no tanque da gasolina e as patitas bem agarradas ao guiador - eram os dois, o cão e o gato, os melhores amigos e assim foram sempre. Defendia-a dos gatos com unhas e dentes. Quando um saía, saía o outro e brincavam como crianças no quintal. Cresceram juntos e juntos partilhavam comida e cama. Creio que o cão se julgava gato e a gata pensava ser cão. Aliás a gata aproximava-se de qualquer cão com toda a confiança e o cão fazia o mesmo com os gatos. Às vezes levavam patadas e deviam pensar que eram uns brutos sem respeito por seus iguais.
Certa vez a gata estava a brincar com o cão no quintal, subiu as escadas da frente da casa, o que não era hábito, e miou para lhe abrir a porta ...julgava eu. Pois não ! Trazia um ratito meio morto, com os olhos a brilhar de contente. Apanhava-os, dava-lhes uma dentada no pescoço e vinha depositá-los a meus pés. Fiquei horrorizada e gritei :-
"Oh Pulguinha ! Que horror !
A gatita parece ter ficado desolada, deixa o rato no tapete e poucos minutos depois aparece com outro e mais outro.
Também costumava trazer umas pequenas serpentes, que me horrorizavam. E fazia o mesmo. Como julgava que eu gritava por julgar pouco, ia buacar mais e mais.
E o Papá Jean aceitou-os perfeitamente, muito admirado de eles viverem há tanto tempo em casa sem nunca ter ouvido miar ou ladrar.
O QUE SE SEGUE É MAIS LONGO , ENTÃO DI-LO-EI AMANHÃ. HOJE FOI APENAS A APRESENTAÇÃO DOS MEUS DOIS AMIGOS QUE, UNS ANOS DEPOIS, VIERAM COMIGO PARA PORTUGAL,
"
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