quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"Geada na cama, água na lama", de Alexandre Parafita


Alexandre Parafita

“Geada na cama, água na lama”, é como dizem os sábios transmontanos, maravilhados com o frio abençoado que, nestes dias, faz por aqui. E embora variem as palavras, significam exactamente o mesmo que estas, também usadas nestas paragens: Da flor de janeiro, ninguém enche o celeiro; Em janeiro sobe ao outeiro, se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar; Verdura de janeiro, não vai a palheiro; Se o sapo canta em janeiro, guarda a palha no sendeiro; janeiro de chuva e frio vai da...r riqueza no estio; Trovoada em janeiro, nem bom prado, nem bom palheiro; Janeiro geadeiro se não dá 31 geadas não é bom janeiro. Ou então: “Em Janeiro, sete samarras e um sombreiro”.

Ainda haverá, por aí, quem duvide da infalibilidade da cultura popular?
E já agora, para um pouco mais de leitura sobre estes saberes:

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