Clássicos de Natal (8)
Óscar Wilde (1854-1900) nasceu em Dublin. Cultivou uma aparência espalhafatosa, tornando-se uma celebridade muito antes da escrita o consagrar. Foi poeta, dramaturgo, aforista, romancista e escritor de histórias infantis. Foi esteta, vítima de preconceito e hipocrisia. Amante do paradoxo e conhecedor dos absurdos da vida, viveu como quis.
O Retrato de Dorian Gray, talvez o seu romance mais conhecido, publicado em 1889, forçou os limites da respeitabilidade com os seus temas da decadência, da crueldade e do amor ilícito.
Wilde foi condenado a dois anos de prisão de trabalhos forçados por actos imorais, em Maio de 1895. A pena foi cumprida em Reading Gaol. O soldado Charles Thomas Wooldridge, seu colega de prisão, foi condenado, por ter assassinado a mulher, cortando-lhe a garganta com uma navalha. Pelo facto foi enforcado. Foi a Charles Thomas Wooldridge que Óscar Wilde dedicou a sua última grande obra, a elegíaca Balada de Reading Gaol. Que escreveu no exílio, em França, após a sua libertação, em 1897. Devido à notoriedade do seu nome, o poema foi publicado sob pseudónimo: “C.3.3”.
Ao contrário de De Profundis que escreveu na prisão revoltando-se contra a traição do seu amante, a Balada de Reading Gaol exprime uma ânsia de inocência, de beleza e de redenção mesmo no meio do desespero, pedindo compreensão e perdão ao mesmo tempo.
Não resistimos em publicar este belo conto de Natal de Óscar que nos transporta ao Paraíso.
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