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Dr. Júlio Teixeira (Vila Real):
– Apresentação do livro Reflexões. Eu. Sim! Um conhecedor de mim!, de António Pena Gil, por
Luísa Maria Carvalho Costa.
Org.: Grémio Literário Vila-Realense
Dia 10 de Novembro de 2012, às 21h00, na Livraria Traga-Mundos (Vila Real):
– Apresentação do livro Ars vivendi, ars moriendi, de Fracisco Niebro, por Maria Hercília
Agarez.
Org.: Livraria Traga-Mundos
Moleiro Editores
O projeto-piloto do
gerador eólico usa uma linha linear de trilhos de 400 metros, mas o projeto
final prevê um circuito em loop, onde o gerador possa funcionar continuamente,
controlado por computador.[Imagem: IPA]
Energia cinética
Desde que as pipas começaram a ser testadas para
ajudar a impulsionar navios, algumas combinações bem estranhas
passaram a ser vistas com mais naturalidade pelos engenheiros.
A última ideia é combinar pipas e trens para criar uma
nova forma de aproveitar a energia eólica.
O princípio é o mesmo dos esportes aquáticos, em que o
surfista usa uma espécie de pára-quedas para impulsionar sua prancha.
No gerador a pipa, a energia cinética da pipa será
convertida em eletricidade por um gerador móvel, girando continuamente em um
circuito fechado de trilhos.
Gerador eólico sobre trilhos
O conceito está sendo testado em um projeto-piloto
coordenado pelo Dr. Joachim Montnacher, do Instituto de Engenharia Industrial e
Automação, em Stuttgart, na Alemanha.
Segundo ele, um gerador sobre trilhos, acionado por uma
pipa, tem duas vantagens importantes em relação às atuais turbinas eólicas.
A primeira é que o sistema é mais barato, mais simples de
construir e instalar, e mais fácil de manter.
Mas a principal vantagem é que as pipas podem aproveitar
os ventos de altitude, muito mais fortes do que os ventos superficiais que
impulsionam as turbinas eólicas.
A uma altitude de 10 metros, a probabilidade de que os
ventos alcancem 5 metros por segundo (m/s) é de 35%. A 500 metros, a altitude
em que as pipas deverão voar, chance sobre para 70%.
Mas o ganho em energia é muito maior.
"O rendimento energético de uma pipa supera
largamente o de uma turbina eólica, que roda a uma altitude máxima de 200
metros. Dobrar a velocidade do vento resulta em 8 vezes mais energia,"
explica Montnacher.
"Dependendo das condições de vento, 8 pipas ocupando
uma área superficial de até 300 metros quadrados podem equivaler a 20 turbinas
eólicas convencionais de 1 megawatt cada uma," calcula ele.
Circuito fechado
O piloto do sistema usa uma linha linear de trilhos de
400 metros, mas o projeto final prevê um circuito em loop, onde o gerador possa
funcionar continuamente, controlado por computador - o piloto usa um sistema de
controle remoto.
Um sistema de sensores horizontais e verticais e um
sensor de força, localizados em cada cabo de ancoragem das pipas, garante um
controle preciso das pipas conforme elas seguem um voo em formato de oito ou de
onda senoidal.
Esse padrão de voo gera um empuxo de até 10 kilonewtons
por pipa, o que significa que uma pipa de 20 metros quadrados tem a capacidade
para puxar 1 tonelada.
"De acordo com nossas simulações, poderemos usar um
total de 24 pipas para gerar 120 gigawatts-hora por ano (GWh/ano). Para colocar
isso em perspectiva, veja que uma turbina de vento de 2 megawatts produz cerca
de 4 GWh/ano. Assim, um único sistema trem-pipa poderá substituir 30 turbinas
de 2 megawatts e abastecer cerca de 30.000 casas," afirmou Guido Lutsch,
membro da equipe.
O projeto já conseguiu a parceria de investidores
privados, que financiarão a construção do primeiro sistema completo, já com os
trilhos em circuito fechado e o controle automatizado.
De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"
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