Depois
de março de 2011, com um terremoto e tsunami aterrorizando a população japonesa
e ameaçando a segurança de todos ao redor das usinas nucleares, o governo
decidiu que o melhor a fazer seria a partir daquele momento desativar todas as
fontes de energia nuclear do país. Desde então, muitos discutem sobre o
investimento em energias limpas e renováveis.
Os
encarregados da divisão de energia do Japão estão em busca do investimento
pesado na energia solar, bastante utilizada em alguns países europeus. Embora
seja uma das melhores opções existentes (junto com a energia eólica), esta é
cara. Mesmo assim, milhões de dólares são gastos todo ano com o intuito de
encorajar a instalação dos painéis receptores nos telhados das residências
japonesas. Até abril de 2012,
a energia acumulada por paineis solares representava
4GW. Os números devem aumentar para 34GW até 2020, e 100GW em 2030.
No
Brasil, a energia eólica já é bastante utilizada, principalmente na região
nordeste. Os fortes ventos na época de seca (junho a dezembro) são responsáveis
por boa parte da eletricidade que chega à moradia dos nordestinos.
Em condições ideais, este sistema pode reduzir a fatura da luz em 100% -
Clique no link para ver um vídeo do Omniflow em funcionamento
O engenheiro português Pedro Ruão desenvolveu um gerador de energia
inovador a nível mundial. Além de aliar a energia eólica à energia solar, o
Omniflow tem uma turbina vertical que capta o vento de uma forma mais
eficiente, o que resulta num alto rendimento em termos de produção de energia.
Ao Boas Notícias, Pedro Ruão, um engenheiro de materiais de 33 anos,
explica que este sistema dirigido à rede de microgeração se distingue dos
outros geradores sobretudo devido à sua “turbina vertical que está envolta por
uma estrutura fixa, em forma de asa invertida, que acelera e direciona o vento
para a turbina numa trajetória ciclónica ascendente”.
Isto permite que o Omniflow, ao contrário dos aerogeradores tradicionais que se regulam pela direção do vento, tenha um arranque mais rápido permitindo que o mecanismo funcione em condições climáticas adversas e independentemente da direção dos ventos. Por outro lado, este formato garante um funcionamento mais silencioso do que os geradores eólicos tradicionais, o que permite o seu funcionamento em zonas residenciais.
Isto permite que o Omniflow, ao contrário dos aerogeradores tradicionais que se regulam pela direção do vento, tenha um arranque mais rápido permitindo que o mecanismo funcione em condições climáticas adversas e independentemente da direção dos ventos. Por outro lado, este formato garante um funcionamento mais silencioso do que os geradores eólicos tradicionais, o que permite o seu funcionamento em zonas residenciais.
Além disso, a asa do equipamento está equipada com células fotovoltaicas,
que transformam este gerador numa fonte de energia dupla: eólica e solar. “É
nesta asa que se encontram as células fotovoltaicas divididas em 3 zonas como
se fossem 3 painéis solares independentes que evitam perdas por efeitos de
sombra”, explica o engenheiro.
Pedro Ruão apresentou pela primeira vez o conceito no âmbito do Prémio Inovação EDP Richard Branson 2010. Entretanto, o jovem engenheiro desenvolveu o conceito, introduziu melhorias e, em 2011, apresentou o projeto à COTEC - Associação Empresarial para a Inovação que forneceu o financiamento para avançar com a comprovação da tecnologia e a construção de um protótipo que está já a funcionar.
Pedro Ruão apresentou pela primeira vez o conceito no âmbito do Prémio Inovação EDP Richard Branson 2010. Entretanto, o jovem engenheiro desenvolveu o conceito, introduziu melhorias e, em 2011, apresentou o projeto à COTEC - Associação Empresarial para a Inovação que forneceu o financiamento para avançar com a comprovação da tecnologia e a construção de um protótipo que está já a funcionar.
Reduzir fatura da eletricidade em 100%
O primeiro protótipo criado é o OM 3.8 que, na sua componente técnica,
conta com um rotor de 1.75
metros de diâmetro e uma potência nominal de 2kW e 3kW.
A asa solar apresenta três metros de diâmetro, oferecendo mais 0.8kW de
potência nominal.
Este sistema pode-se instalar no telhado de edifícios ou condomínios, bem
como no solo, apresentando uma elevada produção de energia graças ao seu
funcionamento em espiral ascendente, que se assemelha ao de um furacão, podendo
reduzir a fatura da luz até 100% numa casa moderna.
“Por regra, os sistemas eólicos são instalados em localizações com
velocidades médias de vento superiores a 5,5m/s e sem obstruções de grandes
dimensões nas proximidades. Com estas condições, é possível reduzir a fatura da
luz a 100%, numa casa com um consumo anual na ordem dos 3500-4000 kW por hora”,
explica Pedro Ruão.
Novo modelo para aplicações de grande dimensão
O primeiro modelo, OM 3.8, terá um custo de mercado na ordem dos 9.800
euros sem a opção solar. Caso o comprador queira incluir a vertente solar, o
sistema terá um custo de cerca de 11.600 euros, podendo variar consoante as
características específicas de cada instalação. Valores bastante atrativos em
comparação com outras soluções de microgeração de energia.
Para o futuro, o engenheiro avança ao Boas Notícias que será lançado o
modelo OM 6.2 com uma capacidade eólica na ordem dos 6kW e 2kW na componente
solar. Este sistema, que apresenta uma capacidade produtiva mais elevada que o
modelo anterior, é destinado a aplicações industriais, grandes edifícios e
grandes painéis publicitários.
O primeiro protótipo do Omniflow já está a funcionar mas Pedro Ruão está agora a desenvolver contactos para encontrar o financiamento necessário à comercialização deste gerador.
O primeiro protótipo do Omniflow já está a funcionar mas Pedro Ruão está agora a desenvolver contactos para encontrar o financiamento necessário à comercialização deste gerador.
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