quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Nascer do Sol (Moçambique)

    Por:
    Costa Pereira


            Regressado de Quelimane a Maputo para voltar a Lisboa, era lógico que na sequencia dos relatos anteriores este se desenrolasse à volta do meu reencontro com a terra-berço do “Pantera Negra”, Eusébio. Mas não. Antes optei por me deter nas impressões que colhi e registei quando à um mês antes ali tinha chegado e relatei assim: “Como já dei conta disso, este ano, Junho de 2011, fui conhecer a terra que na condição de feitoria foi fundada em 1782 com a designação de Lourenço Marques. Impulsionado por uma filha que gosta mais de Africa que os próprios africanos, lá me deixei conduzir pela LAM (euroAtlantic) e após cerca de 11 horas de voo seguidas aí estávamos nós aterrando no antigo aeroporto Gago Coutinho, hoje Aeroporto Internacional de Maputo. As formalidades documentais e a receção da bagagem decorreram normalmente e até desembaraçadas. Ás 07h já as malas estavam no acolhedor Sundown e eu na panorâmica esplanada da pastelaria Surf II a ver o nascer do sol”.



 
          O nascer do sol é um espetáculo maravilhoso em qualquer parte do mundo, mas em Africa tem outro encanto e beleza. Sem que ninguém mo tenha lembrado, aquela fonte de luz e energia a imergir do Mar Indico seduziu-me e como por milagre: apareceu esta foto. Depois foi um dia todo a rodar pela cidade com paragem nos principais pontos de visita. Tais, como: 

 


          Igreja de Santo António da Polana, também conhecida por "espremedor de limão" devido ao formato da sua arquitetura que se deve a Nuno Craveiro Lopes (1962)



          O Município de Maputo é dirigido por um Conselho Municipal e está sediado nesta edifício, de 1947, na praça que faz lembrar a do Marques de Pombal, em Lisboa.



.... na mesma praça - Praça da Independência - , fica a Sé Catedral, de 1944, outro magnifico imóvel da cidade que é capital de Moçambique e também da província de Maputo. Província que é limitada a Norte pela província de Gaza, a Sul pala África do Sul, a Oeste pela Swazilândia e a Leste pelo Indico.



          O dia encerrou com um jantar à portuguesa na Taverna, um dos restaurantes mais bem frequentados de Maputo, e a sugestão partiu do nosso generoso cicerone, um conceituado cidadão alemão que na área de mineralogia é especialista e em Moçambique há vários anos vem prestando serviço.
          Um dia se sol, que nesse dia vi nascer ali, e o meu gosto era vê-lo nascer… de veras para todos os moçambicanos. Quando tal acontecer vamos então ter um grande país que os portugueses dessa ocasião hão-de  sentir orgulho ao ver e sentir que também Portugal deu a sua ajudazinha. Por enquanto só uma certa elite come à grande e à custa do património natural que os portugueses conservaram e os novos colonizadores roubam a olhos vistos. Custa dizê-lo, mas os jornais da terra não o escondem. Só quando todos os moçambicanos poderem frequentar casas com a Taverna é que Moçambique promete a sério. 

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