Por:
Costa Pereira
Regressado de Quelimane a Maputo
para voltar a Lisboa, era lógico que na sequencia dos relatos anteriores este
se desenrolasse à volta do meu reencontro com a terra-berço do “Pantera Negra”,
Eusébio. Mas não. Antes optei por me deter nas impressões que colhi e registei
quando à um mês antes ali tinha chegado e relatei assim: “Como já dei conta
disso, este ano, Junho de 2011, fui conhecer a terra que na condição de
feitoria foi fundada em 1782 com a designação de Lourenço Marques. Impulsionado
por uma filha que gosta mais de Africa que os próprios africanos, lá me deixei
conduzir pela LAM (euroAtlantic) e após cerca de 11 horas de voo seguidas aí
estávamos nós aterrando no antigo aeroporto Gago Coutinho, hoje Aeroporto
Internacional de Maputo. As formalidades documentais e a receção da bagagem
decorreram normalmente e até desembaraçadas. Ás 07h já as malas estavam no
acolhedor Sundown e eu na panorâmica esplanada da pastelaria Surf II a ver o
nascer do sol”.
O nascer do sol é um espetáculo
maravilhoso em qualquer parte do mundo, mas em Africa tem outro encanto e
beleza. Sem que ninguém mo tenha lembrado, aquela fonte de luz e energia a
imergir do Mar Indico seduziu-me e como por milagre: apareceu esta foto. Depois
foi um dia todo a rodar pela cidade com paragem nos principais pontos de
visita. Tais, como:
Igreja de Santo António da Polana,
também conhecida por "espremedor de limão" devido ao formato da sua
arquitetura que se deve a Nuno Craveiro Lopes (1962)
O Município de Maputo é dirigido por
um Conselho Municipal e está sediado nesta edifício, de 1947, na praça que faz
lembrar a do Marques de Pombal, em Lisboa.
.... na mesma praça - Praça
da Independência - , fica a Sé Catedral, de 1944, outro magnifico imóvel da
cidade que é capital de Moçambique e também da província de Maputo. Província
que é limitada a Norte pela província de Gaza, a Sul pala África do Sul, a
Oeste pela Swazilândia e a Leste pelo Indico.
O dia encerrou com
um jantar à portuguesa na Taverna, um dos restaurantes mais bem frequentados de
Maputo, e a sugestão partiu do nosso generoso cicerone, um conceituado cidadão
alemão que na área de mineralogia é especialista e em Moçambique há vários anos
vem prestando serviço.
Um dia se sol, que nesse
dia vi nascer ali, e o meu gosto era vê-lo nascer… de veras para todos os
moçambicanos. Quando tal acontecer vamos então ter um grande país que os
portugueses dessa ocasião hão-de sentir
orgulho ao ver e sentir que também Portugal deu a sua ajudazinha. Por enquanto
só uma certa elite come à grande e à custa do património natural que os
portugueses conservaram e os novos colonizadores roubam a olhos vistos. Custa
dizê-lo, mas os jornais da terra não o escondem. Só quando todos os
moçambicanos poderem frequentar casas com a Taverna é que Moçambique promete a
sério.
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