Em maio de 2009 o ciclone Aila
varreu a região do delta do Ganges. Maremotos alagaram muitas ilhas e
destruíram casas e plantações. 300 pessoas morreram, 200 mil foram forçados a
deixar as suas casas. Tempestades não são incomuns no maior delta fluvial do
mundo, mas esse ciclone surpreendeu a população, já que chegou num mês no qual
isso não costuma acontecer.
Aila deixou claro por que o Delta
do Ganges é um dos locais mais atingidos pelas mudanças climáticas na Ásia. Lá
já é realidade o que em muitos países da Europa e América do Norte ainda é tema
de conferências: eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e
inundações.
O ciclone Aila desalojou muitas pessoas na Índia e países vizinhos
Especialistas calculam que as
mudanças climáticas poderão ter consequências catastróficas para a Índia. Até o
ano de 2080, as colheitas vão recuar mais de dois terços devido ao aquecimento
global, calculou o economista norte-americano William Cline, do Instituto
Peterson de Economia Internacional, em Washington. Nenhuma
outra região do mundo está ameaçada de tantos danos, escreveu Cline no site do
instituto.
A responsabilidade dos indianos
pelo aquecimento global é mínima. O balanço climático do sétimo maior país do
mundo, com uma população de mais de 1 bilhão de pessoas, é bom se comparado com
o de EUA e China. O principal motivo é a pobreza do país. O ministro do Meio
Ambiente, Jairam Ramesh, fez a seguinte comparação: "As nossas emissões de
gases do efeito estufa são de sobrevivência. As emissões dos Estados Unidos são
emissões de luxo".
País modelo para outros emergentes
Ainda assim, os indianos já reconheceram
há muito tempo que também eles precisam ajudar na luta contra as mudanças
climáticas caso não queiram ser vítimas delas. Eles são particularmente ativos
no campo das energias renováveis, diz o ativista Martin Kaiser, especialista em
política climática internacional do Greenpeace na Alemanha.
Segundo ele, a Índia percebeu
cedo que esse é um mercado com grande potencial para a sua própria economia.
"Isso é muito bom", comenta Kaiser. "Quando uma economia
emergente investe nesse tipo de tecnologia e colabora para a sua difusão, isso
é muito mais confiável do que se forem os grandes países industrializados
querendo ganhar dinheiro com isso. Nesse sentido a Índia é um exemplo para
outros países em desenvolvimento."
Indianos estão avançados no uso de energia eólica
A Índia tem uma capacidade
instalada de energia eólica de mais de 15 mil megawatts. Isso faz com que ela
seja o quinto país que mais produz energia eólica. Especialistas estimam que,
em 2030, cerca de 15% da energia indiana tenha origem no vento.
O país também se esforça para
evitar os erros dos países industrializados em relação ao consumo de energia
pelas indústrias. Na Índia, grandes indústrias são obrigadas a contratar um
gestor de energia, que tem por tarefa encontrar deficiências no uso de energia
e ajudar a eliminá-las. O gestor de energia também faz um balanço energético da
empresa aos órgãos de controle.
Milhões de pequenos sistemas solares
Também nas ilhas do delta dos
Ganges, que fazem parte do complexo de manguezais conhecido como Sunderbans e
que foram duramente atingidas pelo ciclone Aila, as pessoas fazem a sua parte
para combater o aquecimento global: elas usam a energia solar.
A energia que eles consomem é
gerada por pequenos sistemas solares, capazes de produzir energia suficiente
para acender uma lâmpada e um aparelho de rádio e televisão.
Mas a quantidade faz a diferença:
segundo a Geetanjali, empresa produtora do sistema, metade dos 4,5 milhões de
moradores de Sunderbans possui um sistema desses. Isso é muito mais do que em
grandes cidades da Europa ou dos Estados Unidos, onde as mudanças climáticas
ainda não se fizeram sentir tão duramente como no Delta do Ganges.
Autor: Martin Schrader (ams)
Revisão: Alexandre Schossler
De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"
MIDWAY
La courte vidéo que vous allez voir (3,55min) montre une île qui se trouve en plein océan Pacifique, à 2000 kms de toutes côtes.
Sur cette île, personne n'habite, il n'y a que des oiseaux, et pourtant... Regardez ce qui se passe
Ouvrez ce lien :
Un petit film que tout le monde devrait voir et en tirer des conclusions...
(enviado por VITOR BARROS)
Proteção de recifes de corais em Papua Nova Guiné 11.09.2012
- Data 25.09.2012
- Edição Alexandre Schossler
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