quarta-feira, 19 de setembro de 2012

De quem será a culpa dos empréstimos "secretos"?

Este material foi-nos enviado (via internet) por pessoa que nos merece a maior consideração. Indagamos e verificamos os factos. Como está devidamente identificado publicámo-lo.
Nós próprios nos havemos de pronunciar sobre aspectos de igual natureza depois do Conselho de Estado.

 
Vitor Gaspar - Ministro das Finanças
 
Médio prazo. Governo PS contraiu créditos de emergência no valor de 2,6 mil milhões de euros. Gaspar ainda tem de pagar 1,4 mil milhões

Dos quase 2,6 mil milhões de euros em empréstimos  “secretos” que o anterior Governo contraiu, o atual Executivo já pagou cerca de metade (44%). De acordo com o IGCP, a maior amortização de todas ocorreu em julho deste ano, mês em que venceu um cupão no valor de 933 milhões de euros. Tudo somado, faltam saldar cerca de 1461 milhões de euros (56%)  neste tipo de empréstimos.
É preciso recuar a novembro de 2010 para perceber a pressão a que a República ficou submetida, com as taxas de juro cobradas nos mercados normais a subirem de forma descontrolada.
Nesse mês, o Tesouro decidiu inaugurar a modalidade das MTN  (“medium term notes” ou notas de médio prazo, que costumam vencer ao fim de dois anos, no mínimo) nos meses de aflição que antecederam o pedido para aderir ao programa de ajustamento e um envelope financeiro do FMI e da UE de emergência.
Tal como escreveu o DN em fevereiro do ano passado, vivia-se então uma verdadeira corrida contra o tempo. O Governo usava todos os expedientes possíveis e a uma velocidade nunca vista para contrair empréstimos nos mercados internacionais e conseguir chegar ao final do primeiro semestre sem entrar em incumprimento e ter de recorrer a ajuda externa.
Um dos instrumentos privilegiado para aliviar o aperto foi a emissão sigilosa de dívida, as chamadas colocações “privadas” junto de investidores estrangeiros, muitos de fora da zona euro.
Pelo alto sigilo do negócio nunca se confirmaram os países de origem, mas fontes do mercado referiram nomes como China, Brasil e alguns países árabes.
O próprio IGCP explica as colocações de MTN, pouco ou nada usadas no passado, “tornam possível alcançar bases de investidores que de outro modo não seria possível”. É um veículo “alternativo” e em que o Estado, que contacta diretamente o investidor, consegue, caso feche negócio, evitar as taxas de juro exorbitantes cobradas no mercado regular.
A primeira emissão do género (50 milhões de euros) aconteceu em novembro de 2010 e o primeira grande empréstimo (1300 milhões) foi acordado no mês seguinte. Em janeiro de 2011, faltavam três meses para o país capitular, nova operação (1142 milhões. E mais em fevereiro e abril (50 milhões de euros cada). Depois parou. Em abril Portugal “aderiu ao resgate” e desde então que este instrumento não é usado. Os primeiros pagamentos surgiram logo em 2011, caindo no colo de Vítor Gaspar: 99 milhões em julho, mais 50 milhões em outubro.
Não há informação sobre quando cairão as próximas faturas.
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José Ricardo Castel-Branco
 
Esqueçam a filiação ou simpatias partidárias, só por esta vez... Verifiquem neste site como foi instituido o saque em Portugal desde 2005. O corneteiro continua desaparecido ...
http://www.youtube.com/watch_popup?v=tJj0H5C-uhc
 

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