domingo, 26 de agosto de 2012

Moçambique - A Surpresa: era Catapú

Por: Costa Pereira
Portugal, minha terra.

Num sábado, 16 de Julho de 2011, dia de sol radiante, cerca das 08h45, eis-nos a passar frente à igreja da Sagrada Família de Quelimane, com destino desconhecido, mas apontados em direção a terras de Sofala, e certeza de ir gozar um fim de semana fora de Quelimane. Pelo andar da carruagem fui-me apercebendo que nesse dia ia conhecer o rio Zambeze e a ser assim visitar terras de Sofala. Assim aconteceu.
A província de Sofala, no centro de Moçambique, é um dos principais pontos de confluência nas ligações entre o Sul, o Norte e o Oeste ; estas últimas através do corredor da Beira, uma via importante e muito antiga, para penetração no interior de outros países vizinhos. Tem a cidade da Beira como capital e a província é limitada a Norte por Tete e Zambézia, a Sul por Inhambane, a Oeste por Manica e a Leste pelo Indico.

 
A estrada até Niocuadala já me não era totalmente estranha, pois por ali passei, ao cair da tarde, quando vim da Ilha de Moçambique. Mas ver, seja o que for, à luz do dia, tem outro encanto e é também um dos predicados do astro-rei: dar vida e brilho às coisas e seres. Ainda que a correr, na sua dimensão diurna, o dia permite que com mais ou menos pormenor se avistem os cenários que animam e tornam as viagens atraentes.

A "ginga", já o dissemos, que em Quelimane e em toda a província da Zamézia, reina como meio privilegiado de locomoção, tanto individual como no transporte de pessoas e haveres, compete com o taxe ou outro qualquer tipo de transporte utilitário. Mas é também o fantasma, que assusta e faz abrandar os condutores de motorizados que circulam nas ruas ou estradas, onde a bicicleta, a "ginga", impera e domina. Que ela, a ginga, sempre seja rainha, e o exemplo ganhe adeptos nos grandes centos urbanos da Europa, porque além de económico é saudável, e não polui o ambiente.

 


Todavia para fazer, em tempo útil, a viagem de fim de semana que me foi dado gozar, não fui de "ginga", antes preferi a comodidade e rapidez do poluidor veículo motorizado, e como "Maria vai com as outras" até me esqueci que a poluição também atua onde nós respiramos. A maioria dos ecologistas também se esquece. Mas adiante.



Já com cerca de duas horas de viagem, e com pena de não poder imitar os andantes que em sentido oposto caminham despreocupados em terra de animais selvagens e fama de ferocidade, uma paragem era oportuna e acontecia daí a pouco. 










Ainda na província da Zambézia, e com a moderna ponde de Caia à vista, vamos através dela entrar na província de Sofala





Depois de atravessado o Zambeze,  um dos maiores rios africanos, ficam  umas bombas gasolineiras e com loja de apoio ao cliente. Saímos para esticar as pernas.





E com uma paisagem e motivos sempre grandiosos e belos, lá continuamos, estrada fora, ao encontro da surpresa de viagem: o local de alojamento.










Cerca de quarenta muitos depois das bombas de Caia, um sugestivo sinalizador de transito indicava um desvio à esquerda; sem hesitar para lá embicou a condutora, e picada fora, logo à frente, uma cancela automática se abriu.











Ao cabo de três horas de viagem chegamos ao destino, e descoberta da surpresa: era Catapú!








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