As
tendas estendiam-se, desde a Rua Combatentes da Grande Guerra (Capela Nova),
passando pela Rua Serpa Pinto, Rua António de Azevedo, alastrando-se pela Ruas
1º. de Maio (Marginal) e ainda parte da Rua Miguel Bombarda (Rua de S. João),
parte poente.
É
de notar que somente estiveram presentes 5 oleiros de Bisalhães, que fabricam o
caraterístico barro negro.
Foi
notório, que outrora jogava-se o “jogo do panelo)em que as pessoas em círculo,
passavam o panelo de umas para as outras, e, quem o deixasse cair, teria de
comprar outro e assim continuava o jogo até que o dinheiro acabasse.
Porém,
hoje tal não acontece e esta tradição perdeu-se na bruma, pois, são já poucos
os oleiros em Bisalhães.
Notou-se
este ano a falta das mantas de Agarez, o que o artesanato em Vila Real, parece
ter o seu fim, para tristeza de muitos.
Entrementes,
os tendeiros venderam calçado, roupa diversa, brinquedos, doçarias, não
faltando o tradicional “Doce da Teixeira” cujas origens são da antiguidade.
Na
noite de 28 houve música com a “Banda de Mateus”que deliciou no “Largo da
Capela Nova” muita gente.
Sílvio Teixeira
O fogo de artificio, caracteristico destas festividades, pode ser visto neste site:
Vila Real Festas S Pedro 2009 - YouTube |
|
O Barro negro de Bisalhães, típico de
Vila Real, possui uma técnica única de tratamento. Este, é também, um dos
principais produtos de artesanato da região.
O
barro, depois de britado é espalhado na eira para secar ao sol. De seguida, é
transportado para os "pios" de pedra e moído, até se desfazer em pó,
retiram-se as impurezas, mistura-se com água e amassa-se. Depois, o oleiro
dá-lhe forma na roda de oleiro e, antes que esta seque, ornamenta-se com flores
e outras formas.
A
cozedura faz-se num forno aberto no chão (soenga). Colocam-se as peças, e
cobrem-se com rama de pinheiro verde, a que se ateia fogo. Quando este começa a
ficar com aspecto avermelhado (em brasa), abafa-se o fogo com caruma, musgo e
terra escura, para que não se libertem fumos e seja obtida a cor negra
característica.
Encontramos
diferentes tipos de louça negra: a "churra" (que é mais grosseira,
negra e sem brilho) e a "gogada" (que é fina e sem defeito).
Também
se fazem miniaturas nesta louça.
O Âmbar da Primavera
Ecoa o sino da igreja melodia
de finado;
As escolas da minha aldeia
estão sós e desoladas.
Dos que por elas passaram,
carpe um pranto sentido,
Silêncios vestidos de
sombras, gritos e gargalhadas...
Estão janelas fechadas,
gemidos surdos sem voz,
Onde outras janelas se
abriram, para além destas que ficaram,
Dos que nelas habitaram, reina umsilêncio
atroz.
Resta um ninho enjeitado com
penas que não voaram.
Agora a escola, capela, abre
em vésperas de finados,
Do carcereiro dos sonhos é antecamara de
espera,
Onde tantos olhos se abriram,
aguardam olhos fechados,
De quando os frutos floriram,
o âmbar da primavera.
J.F.
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