Do
alto deste serro,
onde
o vento me revolve
a
memória e as palavras,
olho
a minha morte
que
o será simplesmente
por
rasurar-me desta paisagem.
Trigos
que resistem
por
entre fenos e mato,
os
freixos cercando a memória
dos
gados e dos prados. Telhados
ocres
que me trazem impressões
sem
os olhos de Manet.
E
a caminhada vagarosa
de
um avô e de um neto
rumorejando
na pele
como
dedadas de Além.
Entre
carrascos corroídos
por
fungos e Invernos
vou-me
vendo
cada
vez mais ao longe.
O Autor
Fernando de Castro Branco (Duas Igrejas, 1959). Professor, poeta e
ensaísta. Publicou Poética do Sensível em Albano Martins
(2004), Alquimia das Constelações (2005), O Nome dos Mortos (2006), Biografia
das Sombras (2006), Estrelas Mínimas (2008), Plantas Hidropónicas (2008), A
Carvão – Poesia Reunida (2009). Também publicou poemas e ensaios em revistas
literárias e antologias temáticas dentro e fora do país.
Sem comentários:
Enviar um comentário