José Manuel Verissimo |
Por estas artérias secas e
silenciosas,
Paralelas a ninhos desfeitos,
Por onde, outrora, jorrou a
sangria das diásporas,
Alimentaram-se rios de
sonhos.
Um silêncio de mar aral,
quebrado pelo murmúrio do vento,
Veste um rústico poial, empedernido de tempo,
Agora esgotado pela ausência.
O rito eterno do recomeço foi
quebrado;
A fugaz passagem das
tropelias das crianças,
Em voos rasantes á floresta
dos sentidos,
Exercitando asas
semi-revestidas de penas,
Não arrepiam mais a pele nem
fazem estremecer...
A pneuma, êxtase da grande
ejaculação, cessou.
Tudo o que se quer é sonho.
J.F.
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