sábado, 24 de março de 2012

Albert Schweitzer, o "Doutor Branco de Lambaréné"


Albert Schweitzer
Albert Schweitzer chegou a Lambaréné em 1913. Com a maturidade, deixou para trás a sua vocação evangélica da juventude. Formou-se tardiamente em medicina, depois dos estudos em Teologia. Chegou ao Gabão com a intenção de servir o próximo em África e aí construiu um hospital, no meio da selva equatorial. Até à sua morte em 1967 (durante 50 anos), o Dr. Schweitzer, perseguiu o seu ideal humanitário no pequeno hospital com elevada dedicação. Este “Doutor Branco de Lambaréné”, como ficou conhecido, aclamado como um dos homens do século XX, foi amigo de Eisenhower e de Einstein. Ao presidente americano, Dwight Eisenhower, enviou uma missiva da qual se extrai o seguinte extracto: “Guardo no coração a esperança de poder contribuir, de uma maneira ou de outra, para a paz neste mundo. Sei que isso foi sempre o nosso mais caro desejo. 
Gabão (a cor verde)
Ambos partilhamos a convicção de que a humanidade deve encontrar uma solução para controlar as armas que, no presente, ameaçam a própria existência da vida na Terra. Que a ambos nos seja dado ver o dia em que as pessoas compreendam que o destino da humanidade está agora em jogo e que mais do que nunca se torna necessário tomar uma decisão audaciosa que possa tratar convenientemente a situação angustiante em que o mundo actualmente se encontra” (Sabedoria dos Prémios Nobel da Paz, Org. Bernard Boudouin, Pergaminho, 2004).

O príncipe Rainier ofereceu-lhe a sala operatória para o seu pequeno hospital da selva e foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1952.
Além de médico era um excelente intérprete de Bach e dava frequentemente concertos de música clássica na orla da floresta, na margem do rio Ogooé. Hoje o antigo edifício do hospital é um museu que contém os haveres de Albert Schweitzer e que recentemente se candidatou à lista do Património da Unesco.
Com efeito, uma energia bondosa, luminosa, parece flutuar neste oásis de civilização no meio do silêncio e da beleza deste local situado na selva equatorial.
O Dr. Schweitzer é lembrado nas andanças de Gonçalo Cadilhe, a propósito do encontro com Gabriela, uma jovem médica suíça, aí colocada, durante seis meses como voluntária (Visão, Vida & Viagens, Fevereiro, 2010).

Armando Palavras


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