Albert Schweitzer |
Albert Schweitzer chegou a
Lambaréné em 1913. Com a maturidade, deixou para trás a sua vocação evangélica
da juventude. Formou-se tardiamente em medicina, depois dos estudos em
Teologia. Chegou ao Gabão com a intenção de servir o próximo em África e aí
construiu um hospital, no meio da selva equatorial. Até à sua morte em 1967
(durante 50 anos), o Dr. Schweitzer, perseguiu o seu ideal humanitário no
pequeno hospital com elevada dedicação. Este “Doutor Branco de Lambaréné”, como
ficou conhecido, aclamado como um dos homens do século XX, foi amigo de
Eisenhower e de Einstein. Ao presidente americano, Dwight Eisenhower, enviou
uma missiva da qual se extrai o seguinte extracto: “Guardo no coração a
esperança de poder contribuir, de uma maneira ou de outra, para a paz neste
mundo. Sei que isso foi sempre o nosso mais caro desejo.
Gabão (a cor verde) |
Ambos partilhamos a
convicção de que a humanidade deve encontrar uma solução para controlar as
armas que, no presente, ameaçam a própria existência da vida na Terra. Que a
ambos nos seja dado ver o dia em que as pessoas compreendam que o destino da
humanidade está agora em jogo e que mais do que nunca se torna necessário tomar
uma decisão audaciosa que possa tratar convenientemente a situação angustiante
em que o mundo actualmente se encontra” (Sabedoria
dos Prémios Nobel da Paz, Org. Bernard Boudouin, Pergaminho, 2004).
O príncipe Rainier ofereceu-lhe a
sala operatória para o seu pequeno hospital da selva e foi galardoado com o
Prémio Nobel da Paz em 1952.
Além de médico era um excelente
intérprete de Bach e dava frequentemente concertos de música clássica na orla
da floresta, na margem do rio Ogooé. Hoje o antigo edifício do hospital é um
museu que contém os haveres de Albert Schweitzer e que recentemente se
candidatou à lista do Património da Unesco.
Com efeito, uma energia bondosa,
luminosa, parece flutuar neste oásis de civilização no meio do silêncio e da
beleza deste local situado na selva equatorial.
O Dr. Schweitzer é lembrado nas
andanças de Gonçalo Cadilhe, a propósito do encontro com Gabriela, uma jovem
médica suíça, aí colocada, durante seis meses como voluntária (Visão, Vida & Viagens, Fevereiro,
2010).
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