segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Presidente da República e Durão Barroso – Da Devida Proporção nos sacrifícios ao Investimento na Economia do Saber


Presidente da República
Professor Anibal Cavaco Silva
O Presidente da República, no dia 25 deste mês (Sexta Feira passada) lembrou a importância de manter a coesão dos portugueses. Por isso repetiu, como vem fazendo há largos meses, que os sacrifícios exigidos devem ser repartidos por todos, na devida proporção. E que deve ser dado todo “o apoio aos mais desfavorecidos da nossa sociedade em nome da dignidade da pessoa humana”. Alertou ainda para que o corte nos subsídios seja mais suave. Disse ainda que é necessário promover o crescimento para evitar “o ciclo vicioso e recessivo em que austeridade alimenta mais austeridade”.
Sobre a Europa lembrou o que vem dizendo há muito, acompanhado agora por muitos economistas e financeiros que aderiram à posição que o Presidente defende. Que o Banco Central Europeu devia ter fixado um limite para a taxa de juro. Pois “não faz sentido o problema da criação de moeda ou o perigo da inflação. Isso é qualquer coisa que o Banco Central Europeu com toda a facilidade realiza … ”.
Aliás, posição defendida, no mesmo dia, pelo editor do Financial Times, Wolfgang Münchau, que insistiu numa solução a prazo através do BCE e a criação dos eurobonds.


Presidente da Comissão Europeia
doutor Durão Barroso
No mesmo dia, o Presidente da Comissão Europeia, presente nas comemorações dos 100 anos da Universidade de Lisboa, dizia que “Uma consolidação inteligente não é cortar no saber”. E que "investir na economia do saber é investir no futuro". Durão Barroso acrescentou que “num momento onde um pouco por todo o Continente [Europa] se vivem tempos difíceis, mas necessários, de correcção das finanças públicas e de reformas estruturais, sejamos mais do que nunca vigilantes e judiciosos na escolha dos nossos investimentos”. São suas estas palavras: “investir na economia do saber é investir no futuro”. E revelou ainda que “a Comissão Europeia vai propor um programa der mobilidade no âmbito do Erasmus, a nível de mestrados, que facilitará o acesso a um financiamento em condições acessíveis para estes estudantes”. A terminar, acrescentou: “até 2014 pretendemos completar o espaço europeu da investigação de forma a criar um verdadeiro mercado único da investigação e da inovação.Teremos assim erigido a quinta liberdade do projecto de construção europeu, a liberdade de circulação do conhecimento”.


 Post-Scriptum
Ao que parece as palavras do Presidente da República "não cairam em saco rôto". Só deixarão de receber os dois subsidios, os funcionários publicos e pencionistas, com vencimentos ou reformas acima dos 600 euros. Dos 600 euros a 1100 euros terão um corte gradual e só acima dos 1100 euros terão os cortes dos dois subsídios.


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