Presidente da República Professor Anibal Cavaco Silva |
O
Presidente da República, no dia 25 deste mês (Sexta Feira passada) lembrou a
importância de manter a coesão dos portugueses. Por isso repetiu, como vem
fazendo há largos meses, que os sacrifícios exigidos devem ser repartidos por
todos, na devida proporção. E que
deve ser dado todo “o apoio aos mais desfavorecidos da nossa sociedade em nome
da dignidade da pessoa humana”. Alertou ainda para que o corte nos subsídios
seja mais suave. Disse ainda que é necessário promover o crescimento para
evitar “o ciclo vicioso e recessivo em que austeridade alimenta mais
austeridade”.
Sobre
a Europa lembrou o que vem dizendo há muito, acompanhado agora por muitos
economistas e financeiros que aderiram à posição que o Presidente defende. Que
o Banco Central Europeu devia ter fixado um limite para a taxa de juro. Pois
“não faz sentido o problema da criação de moeda ou o perigo da inflação. Isso é
qualquer coisa que o Banco Central Europeu com toda a facilidade realiza … ”.
Aliás,
posição defendida, no mesmo dia, pelo editor do Financial Times, Wolfgang Münchau, que insistiu numa solução a
prazo através do BCE e a criação dos eurobonds.
Presidente da Comissão Europeia doutor Durão Barroso |
No
mesmo dia, o Presidente da Comissão Europeia, presente nas comemorações dos 100 anos da Universidade
de Lisboa, dizia que “Uma consolidação inteligente não é
cortar no saber”. E que "investir na economia do saber é
investir no futuro". Durão Barroso acrescentou que “num momento onde um pouco por todo o Continente [Europa]
se vivem tempos difíceis, mas necessários, de correcção das finanças públicas e
de reformas estruturais, sejamos mais do que nunca vigilantes e judiciosos na
escolha dos nossos investimentos”. São suas estas palavras: “investir na
economia do saber é investir no futuro”. E revelou ainda que “a Comissão Europeia vai propor um programa der
mobilidade no âmbito do Erasmus, a nível de mestrados, que facilitará o acesso
a um financiamento em condições acessíveis para estes estudantes”. A terminar,
acrescentou: “até 2014 pretendemos completar o
espaço europeu da investigação de forma a criar um verdadeiro mercado único da
investigação e da inovação.Teremos assim erigido a quinta liberdade do projecto
de construção europeu, a liberdade de circulação do conhecimento”.
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