quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Poetas da Orla do Rio (3)

José Manuel Verissimo
(Fragata)


O Rio   

Em tempos, fervilhava insubmisso e selvagem,
Esventrava a montanha em correria atroz;
Burilava as pedras, moldava a paisagem
E de cachão em cachão, só parava na foz.

Agora, rendido aos paredões do progresso,
Envolto em bruma de “Alcácer Quibir”,
Tranquilamente aguarda o regresso
De águas passadas que um dia hão-de vir.

                                            Que saudade do teu respirar ofegante!
                                             Espelho de águas calmas e adormecidas,
                                                De alma aprisionada entre íngremes montanhas.

                                                Arredado do tempo, em doce embalo,
                                                  O Douro prateado, reflete o vale profundo,
                                                   Distante dos vales do resto do mundo.

J.F.

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