Autores transmontanos
Comecemos
pelo mais recente. Tempo de Fogo, é
um romance de Amadeu Ferreira, cujo cenário nos transporta para as terras de
Miranda no século XVII, onde o conjunto de personagens e as descrições rápidas
nos recordam Juan Rulfo e a sua novela Pedro Páramo[1].
O Cónego, de A.M.Pires Cabral é outro romance passado entre as
terras de Bragança e Macedo de Cavaleiros, cujo personagem principal é um
cónego. Duro no início da vida, mas que amolece com o passar do tempo. Escrita
límpida e erudita onde não faltam passagens em Latim puro.
Com os Holandeses é uma narrativa de J. Rentes de Carvalho,
autobiográfica, onde descreve o modo de vida desse povo nos anos 60-70 do
século passado.
Histórias da Vermelhinha, é um conjunto de narrativas antigas de Bento da
Cruz, passadas nas terras do Barroso. Simplesmente deslumbrante!
Gente da Minha Terra, é outro conjunto de narrativas de A. Passos Coelho,
passadas na sua terra, perto de Vila Real, com gente do povo. É um livro puro
de transmontanismos.
Um Tiro na Bruma, é outra narrativa de Manuel Cardoso, cuja acção se
passa na segunda década do século XX e cujo personagem principal, o médico
Amadeu, se constrói através de um seu antepassado. É uma forma de retornar à
sociedade de Macedo de Cavaleiros desse tempo. Por fim, um livro de história de
António Borges Coelho, Portugal na
Espanha Árabe. Muito útil para quem pretende (ou pode) passar férias em
Portugal. Borges Coelho transporta-nos para as nossas raízes árabes.
Rio de Sangue de Tim Butcher, é um périplo extraordinário no Congo,
segundo um antigo percurso de um explorador do século XIX: Henry Morton
Stanley. E Á Caça do Diabo, do mesmo
autor, é outra extraordinária viagem seguindo um trilho antigo calcorreado por
Graham Greene, grandioso escritor do século XX.
Paul
Theroux, descreve-nos a África desde o Cairo até à África do Sul em Viagem por África. Já no Grande Bazar Ferroviário, livro agora reeditado, mas escrito em 1973,
descreve-nos as viagens em caminhos-de-ferro lendários da África e da Ásia.
[1]
Ruan Rulfo é um daqueles escritores malditos com uma vida muito dura e que
influenciou escritores como Jorge Luís Borges e Garcia Marquez.
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