Por MARIA da GRAÇA
O ANGELUS DE MILLET
É no campo e na hora vespertina,
quando a luz esmorece,
quando a tarde declina.
No horizonte, à distância,
já um pouco diluída,
vê-se a torre da igreja
em cujo sino são assinaladas
todos os dias
sagradas badaladas
das Ave-Marias.
E em primeiro plano
um casal aldeão,
que largou as alfaias do trabalho,
está de pé, recolhido em oração.
Tenho essa tela
na parede da sala;
gosto de comtemplá-la,
sobretudo em momentos de inquietude;
pacifica-me, inunda-me de calma,
faz-me bem à saúde
de corpo e alma.
Obrigado a Millet,
que a pintou com sublime inspiração,
e obrigado ao Senhor,
que durante a pintura
lhe conduziu a mão.
In Sacramomentos - Flávio Vara

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