João Miranda
É
justamente por causa da balbúrdia que reina no meio da historiografia nacional,
que só confunde as pessoas, que a Associação Grã Ordem Afonsina (GOA), além de
muitas outras iniciativas, tem vindo a celebrar anualmente, no dia 25 de Julho,
o nascimento de D. Afonso Henriques. A GOA foi criada em Guimarães, em
Fevereiro de 2019, a poucos dias da explosão pandémica. O seu propósito é
defender a verdade histórica que está a ser manipulada e explorada nos meandros
do meio académico nacional.
Vamos
a factos científicos: a não ser que surja alguma prova irrefutável em
contrário, D. Afonso Henriques terá nascido em Guimarães, no dia 25 de Julho
de 1111 (embora haja quem defenda 1109).
E
porquê dia 25 de Julho? Porque foi nesse dia que se deu a Batalha de Ourique,
no ano de 1139, dia de aniversário do rei fundador, “dedicado ao Apóstolo
Santiago, primeiro pregador da Fé em Portugal e singular Protector dos
Católicos nas guerras contra os infiéis” (Padre Francisco de Santa Maria,
in Anno Historico, Lisboa 1744).
Foi
para celebrar esta data que a Grã Ordem Afonsina organizou, no último dia 25 de
Julho, um jantar ao ar livre no Largo da Oliveira, em pleno centro histórico da
cidade berço, a poucas dezenas de metros do local onde o rei fundador terá
nascido (numa das alas laterais do actual Museu Alberto Sampaio, onde terá sido
o paço condal em que D. Teresa e o Conde D. Henrique residiram).
Nesse
repasto que juntou meia centena de convivas, sobretudo damas e cavaleiros da
Associação, os presentes deram vivas ao nascimento do Infante e fizeram uma
homenagem surpresa a um dos seus fundadores, Barroso da Fonte, pela luta
incansável que tem travado em prol da verdade histórica.
Em baixo fica o link para um vídeo do momento:
https://photos.app.goo.gl/WemeUnWDbc7NMtTd6
Entretanto,
a GOA está empenhada na organização das celebrações dos 900 anos do nascimento
de Portugal, a realizar em 24 de Junho de 2028. Porque o nosso país nasceu na
sequência da vitória de D. Afonso Henriques e seus apoiantes na batalha de S.
Mamede. Foi “a primeira tarde portuguesa”, como escreveu José Mattoso.
João
Miranda

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