domingo, 27 de abril de 2025

Uma lição merecida ao deitor

                    Hospital de Macedo de Cavaleiros

JORGE  LAGE


Uma lição merecida ao deitor Há cerca de dois anos, ao chamar-se o INEM, na zona de Valpaços/Chaves, terá demorado 45 minutos para fazer uns 18 quilómetros (dois bombeiros). O sinistrado seguiu para o Hospital de Chaves, onde foi radiografado e soturado. Como não havia um médico radiologista em Chaves, em Vila Real e no Porto que olhasse para a radiografia, teve de ficar meio-dia internado no hospital, quando bastariam duas horas para ter alta em segurança. O hospital estava com o tecto esventrado na zona da urgência. Durante a noite, até à hora do pequeno-almoço não terá aparecido vivalma por perto. Os doentes estavam nas macas nos corredores, vestidos como chegaram. Recentemente, outro familiar recorreu a um hospital privado e a forma como foi tratado durante as longas horas que ali esteve levou-o a dizer que «naquele hospital nunca mais». Uma sua visita terá dito mais ou menos o mesmo trato porque lá algum pessoal auxiliar fala «de cima da burra» para os doentes e visitantes como se fossem os «donos da quinta». Felizmente, ouço dizer muito bem do Hospital Público de Mirandela, o que saúdo. Outro familiar deu uma queda com fractura e foi levado, pelo INEM, para o Hospital Distrital de Bragança, em vez de ir para o Hospital de Ortopedia de Macedo de Cavaleiros. Permaneceu em Bragança alguns dias até ser operado. Pergunto, se não podia ter sido transferido para o Hospital Distrital de Macedo de Cavaleiros, mais perto de Mirandela, e ali ser operado? Segundo consta, alguns profissionais (de todos os níveis) de Bragança deixam a desejar no tratamento dos doentes. Será inconcebível que um médico, um enfermeiro ou um auxiliar chegar a uma enfermaria e não dar, sequer, os bons dias a quem ali está a sofrer. Mais, reprimir, com maus modos, quem geme. Haverá doentes de ortopedia que fazem pressão para serem transferidos para o Hospital de Macedo de Cavaleiros. Adivinhem porquê? Ora bem, os médicos, os enfermeiros ou demais pessoal só trabalha no hospital porque há doentes. É com os doentes que ganham o pão-nosso de cada dia. Depois, ainda há uma componente humana que um bom hospital deve valorizar, até para uma melhor recuperação dos internados. Disto teve-se conhecimento e chamá-lo para aqui é para dizer um obrigado aos Hospitais públicos de Mirandela e de Macedo de Cavaleiros. A nossa gente merece dignidade, respeito e um agradecimento aos profissionais de saúde. Já basta bem a desgraça das doenças. Um episódio vivido pela minha mãe, quando, há décadas atrás, numa consulta no serviço público, um médico disse-lhe: - vire para aqui os cascos! Sem papas na língua respondeu-lhe: - Senhor Doutor! Não sou da sua família. O deitor ouviu e embatucou, porque a sua grosseria e má educação puseram-no a jeito.

 In: Notícias de Mirandela, 31 de Março, 2025



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