BARROSO da FONTE
Impunha-se
inscrever na História de Portugal e, para memória futura, o simbolismo desse
Monumento, cuja ideia nasceu em Guimarães, em 1984. Em 29 de Janeiro de 1987, a
Associação dos ex-Combatentes do Ultramar, que mais tarde mudou o nome para
Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar (ANCU), dada a adesão ao
projeto, teve a ideia de construir o Monumento com as caraterísticas e
simbolismo que hoje continua a ter: honrar a memória dos que morrem ao serviço
da Pátria, sem esquecer a soldadesca que deixou tudo e todos para cumprir um
dever cívico. Ainda hoje muitos milhares dessa geração vagueiam no espaço
lusófono da portugalidade, sem a própria compensação que, desde há meio século,
lhes pertence. Quem se comprometeu em pugnar por esse projeto humanitário,
ainda hoje está lúcido e confiante em tudo o que o previa. E no dia 15 de
Janeiro de 1994, há portanto 31 anos, tal projeto universalizou-se no Monumento
Nacional aos Combatentes que tombaram ou sobreviveram.
À
data em que a inauguração do Monumento completa 31 anos, já foram publicadas
cerca de dez teses de mestrado e de doutoramento. Quase todas (das que conheço)
falam da Liga da Grande Guerra, da História da Independência e da Geografia de
Lisboa.
É
óbvio que todas têm o simbolismo da sua época e futuro. Mas este Monumento não
nasceu apenas para encher chouriços,
como se diz na província onde nasceram: o fundador da Liga dos Combatentes,
João Afonso Faria; Adriano Moreira - autor do discurso da inauguração do
Monumento em questão; o general Altino de Magalhães que orientou e presidiu ao
processo do Monumento aos Combatentes; e também o autor da paternidade da ideia
do Monumento que foi inaugurado em 15 de Janeiro de 1994.
Na
próxima quinta feira espera-se que as televisões públicas, pelo menos, não se
esqueçam de dar a este tema o relevo que dão aos desordeiros da ordem pública.
Nesse
mesmo dia, e pela mesma causa, chegará à praça pública o livro «O Sal da
História» da autoria do Doutor Armando Palavras, também ligado ao
Transmontanismo.
Barroso da Fonte
Esta crónica foi enviada para este
blogue e para vários jornais, entre eles o Diário de Trás-os-Montes e Alto
Douro
https://www.diariodetrasosmontes.com/cronica/o-sal-da-historia
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