“O
quartel ou as bochechas do general”, romance do escritor A. M. Pires Cabral
Em "O quartel", põe a imaginação a brincar
com o espírito militarista
“O quartel” de A. M. Pires Cabral, romance que nasceu como
teatro, é a história de um soldado que faz a prova de sentinela, uma
“brincadeira” com o espírito militarista, tão inverosímil que “contada não se
acredita”.
“O quartel ou as bochechas do general”, título completo do mais
recente romance do escritor A. M. Pires Cabral, de 81 anos, editado pela
Tinta-da-China, baseia-se no que o autor chama de imaginação inverosímil, a
“que subverte o real”, contou, em entrevista, por escrito, à Lusa.
Desde logo o campo
de ação da história: um quartel-general, cenário que o escritor trata de
esclarecer que lhe é “totalmente desconhecido”.
Numa noite, o
soldado Benjamim Boavida tem de fazer a prova de sentinela que decidirá o seu
futuro no quartel, apesar de ser dado às coisas simples da vida no campo e
preferir as “noites tranquilas”, como as noites de verão da sua aldeia, “em que
às vezes até se ouve cantar o rouxinol”.
O agressivo
sargento Cipriano Arrobas, que vigia a sua prova, escarnece do jovem, afirmando
que prefere ouvir uma “metralhadora a cantar”.
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