sábado, 7 de maio de 2022

Porque chegámos aqui na educação do país?

ANA  LOURENÇO

A RTP play publicou a 19 de Abril passado, um debate sobre a actual situação no ensino, a propósito de um estudo recente da Universidade Nova. O debate pode ser consultado neste site https://www.rtp.pt/play/p9816/e612006/e-ou-nao-e-o-grande-debate (1ª parte) ou neste https://www.rtp.pt/play/p9816/e612006/e-ou-nao-e-o-grande-debate/1033598 (2ª parte).

A jornalista Ana Lourenço, foi a mediadora do debate deste programa. E mediou-o com mestria.

 

Convidados:

 

Maria de Lurdes Rodrigues

Maria Emília B. dos Santos

Filinto Lima

Paulo Guinote

Luís Souto Mayor Braga, Blogue do Arlindo

Luís capela Nunes – estudo da Nova

Ana Paula Canavarro

Mónica Morgado (testemunho)

 

Neste programa editado a 19 de Abril deste ano, Ana Lourenço, a coordenadora do debate na RTP Play, começa por procurar saber “porque chegámos aqui”, ou seja, porque chegámos a esta tragédia no ensino! Que nos indica que para o próximo ano mais de 100 mil alunos não terão professores. Algumas das razões da tragédia são abordadas, sobretudo por três convidados: Filinto Lima, Paulo Guinote e Luís Souto Mayor Braga (Blogue do Arlindo). Assim como por Mário Nogueira em reportagem anexa ao programa. O resto é conversa fiada que, na realidade, nos trouxe aqui.

O objectivo foi comentar o estudo agora saído da Nova que, diga-se, não é novidade alguma para quem está no terreno. Aliás, em 2005, o ano da origem do problema, houve quem vaticinasse o que hoje se está a passar. Neste blogue escreveu-se muito sobre isso. Mas ninguém foi ouvido, porque neste Portugalinho corrupto a coisa funciona assim. E como assim funciona, jamais atingiremos lugares decentes na comunidade europeia como Povo, como colectivo. Já o mesmo se não passa para o valor individual, como estamos fartos de observar: portugueses que se distinguem no mundo por mérito próprio (claro, com possibilidades que outros não possuem).

Enquanto estes estudos não identificarem, com seriedade e transparência, as causas da tragédia, é melhor investir o dinheiro que neles se gasta em escolas e crianças carenciadas. Ao não abordar a origem, não se resolve o problema. Arrasta-se a questão indefinidamente para uma escala, no minimo de 30 anos. É que a tragédia actual foi criada há 17 anos!

A  ORIGEM  DO  PROBLEMA!

Sejamos claros: quem nos trouxe aqui foi o Partido Socialista pela mão de Maria de Lurdes Rodrigues, agora reitora da madraça socialista onde são formados os Adões e as Vieiras. E, “para mal dos nossos pecados”, pretende-se que quem criou o problema, o resolva. A velha maneira portuguesa e latina que jamais nos retirará da cauda da Europa!

Ouçam o debate porque há ali gente que sabe da coisa, porque sofreu na pele as patifarias dessa gente. Mas que mesmo assim, foi condicionada pela presença (sem vergonha) de quem criou o problema.

A dado passo, Ana Lourenço dirigindo-se à origem do problema questionou-a: porque chegámos aqui? Resposta: “Não sei nem quero saber!”. 

Reparem no calibre desta gente. E da lata!...

Concluindo: que interesse têm esses estudos pagos pelo Estado, se nunca colocam a questão da origem do problema? Pouco, ou mesmo nenhum, porque enveredam sempre pela lengalenga do costume: salários, desmotivação, e por aí adiante. Nunca colocam, por exemplo,  a ideologia (neste caso gramsciana) como ponto fulcral. Mas também se entende. Quem percebe disto, daqueles que fazem parte da “ficha técnica”?

No caso socialista o propósito destes estudos é simplesmente de propaganda: Z!

A titulo de exemplo, ocorre-nos o número de vagas que foram abertas esta semana para a lista de ordenação dos professores – 3259 (um número, mesmo assim, deprimente para as necessidades!). Destas, 2730 pertencem à norma europeia que impede o uso abusivo de contratos a prazo. Assim sendo, o governo do dr. Costa, homónimo do actual ministro da educação, apenas abriu  529 vagas!

Mais, dos 5000 professores propagandeados, apenas foram colocados 116!

É assim que esta gente trabalha! daqui a 30 anos estamos no mesmo sitio...

Por aqui ficamos, aconselhando vivamente a ouvirem o debate, sobretudo as declarações de Paulo Guinote (condicionado por educação, pela presença da origem do problema), Filinto Lima (um pouco contido) e Luís Souto Mayor Braga.

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