O Batalhão Negro Feminino da II Guerra
Mundial e a memória do imortal Marcelino da Mata
A América «dormiu» em reconhecer como heroínas as negras do Batalhão Negro
Postal da II Guerra Mundial.
E que grande comandante tinham que bateu o pé ao General: Charity
Adams Earley
Pois bem, o nosso movimento feminino, encabeçado pela Supico Pinto que eu
conheci estava embebido de algum romantismo e lá ia animando.
Porém, na Guiné, o anjo da guarda das nossas gentes em combate eram os os
Páras, os Fusas, os Comandos e principalmente os Comandos Africanos, que os
Comandantes, Matos Gomes, o Batista da Silva (está em Braga) e o Abreu Cardoso
(falecido há anos em desastre aéreo), levavam tudo à frente... não conheciam a
palavra, rendição.
Mas o nosso «Anjo da Guarda» foi o mítico herói, Marcelino da Mata, com o
seu reduzidíssimo grupo causavam diarreias morais aos combatentes do PAIGC.
Foram travadas duríssimas batalhas e levava sempre a melhor... mas aquela de em
1963 ir Senegal adentro, uns 40 quilómetros, e libertar uma companhia aprisionada
pelo PAIGC, derrotando este e rechaçando os opositores do exército senegalês
não haverá branquear da história pelos donos do pensamento único que poderão
apagar...
A Pátria Portuguesa deve-lhe uma justa homenagem já que as altas patentes
da defesa militares e a manhosice de alguns políticos fugazes não soube estar à
altura do nosso Herói na hora do Adeus.
Leiam a história destas heroínas negras americanas e da mítica comandante
Adams Harley, batendo o pé ao General.
“Seis Triplo Oito”. O batalhão de afro-americanas que
salvou o moral das tropas na 2.ª Guerra Mundial
14 NOVEMBRO, 202112 NOVEMBRO, 2021
Conhecido como “Seis Triplo Oito”, o 6888.º Batalhão do Diretório Postal Central foi responsável por entregar a correspondência aos soldados norte-americanos na Europa durante a 2.ª Guerra Mundial.
Durante a 2.ª Guerra Mundial, as tropas
norte-americanas que estavam a combater na Europa não conseguiam receber a
correspondência das suas famílias. Uma imensidão de cartas carregadas de
mensagens de força e saudade empilhavam-se sem chegar ao seu desejado destino.
Ou era este o cenário até chegarem as
mulheres do 6888.º Batalhão do Diretório Postal Central, apelidado
de “Seis Triplo Oito”. Este batalhão do Corpo do Exército
Feminino dos Estados Unidos contava com 855 mulheres afro-americanas, sendo o
único que era totalmente composto por mulheres.
A sua história é ainda hoje pouco
conhecida, mas a sua missão não era fácil: entregar a correspondência aos
soldados norte-americanos. O seu lema era “sem correio, moral baixo”.
Em apenas três meses, estas mulheres
conseguiram entregar cartas e encomendas que se acumularam ao longo de quase
três anos. O “Seis Triplo Oito” precisou apenas de metade do prazo de
seis meses que os líderes do Exército norte-americano tinham estabelecido.
Agora, escreve a CBS News, mais de
75 anos depois de completarem a sua missão, estas mulheres estão perto
de receber a Medalha de Ouro do Congresso, uma das maiores honras civis do
país. Um projeto de lei para conceder a Medalha de Ouro do Congresso foi
aprovado no Senado e precisa de mais 32 votos na Câmara dos Representantes.
A confirmar-se, esta é uma vitória para
estas guerreiras esquecidas e oprimidas. A vitória é para todas, embora apenas
sete das 855 combatentes estejam hoje vivas.
As mulheres do 6888.º batalhão trabalharam
entre racismo e sexismo para entregar a
correspondência. A missão foi um sucesso, mas quando regressaram a casa, não
houve nenhum desfile nem multidão para as receber.
A líder do batalhão, Charity Adams
Earley, morreu em 2002. O seu filho, Stanley Earley, disse à CBS News que a
sua mãe sempre se orgulhou do papel que desempenhou com as suas compatriotas
durante a Segunda Guerra Mundial.
“Elas precisavam de ter sucesso porque a
tarefa era crítica e porque elas eram o único batalhão negro enviado para o
estrangeiro, e era importante que provassem que as pessoas estavam
erradas”, sublinhou Earley.
As mulheres trabalharam nos hangares
gelados do aeroporto de Birmingham, em Inglaterra, em turnos de oito horas,
separando uma média de 65.000 cartas e encomendas por turno.
O ritmo era tão alto que até chegaram a
rejeitar que um general inspecionasse o batalhão porque abrandaria a sua
produtividade. O general ameaçou enviar um “primeiro-tenente branco” para lhe
mostrar como comandar a unidade. “Só por cima do meu cadáver”,
atirou Adams Earley.
Enviado por JORGE LAGE
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