segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Cronstadt 1921-Crepúsculo Sangrento dos Sovietes


Cronstadt 1921-Crepúsculo Sangrento dos Sovietes, foi escrito por Ida Mett. Um acontecimento pouco conhecido e muito pouco divulgado. Com tradução de J. Silva Dias e Zinda Vasconcelos, revisão de Andreia Baleiras e capa e paginação de Pedro Mota, acaba de sair a público esta edição da Letra Livre (2021).

Da contracapa retira-se:

“Cronstad fica sobre a ilha Kotline, a uma distância de 26,5 km de Petrogrado, a 7 km de Oranienbaum, a 13 km de Terioki. A fortaleza foi construída por Pedro, o Grande, em 1710 para defesa naval de Petrogrado.

A coragem dos marinheiros de Cronstadt na luta contra a autocracia czarista mereceu elogios de Lenine, Trotski e dos bolcheviques em geral. Em 1917, eles tiveram um papel decisivo na aparente conquista do poder pelo proletariado russo.

De 3 a 16 de Março de 1921, o sangue correu nas ruas de Cronstadt, que se havia revoltado contra a usurpação do poder dos sovietes pelo Partido Comunista. Desta vez, Lenine, Trotski pouparam os elogios e concentraram o seu esforço em destruir uma insurreição que ameaçava os novos exploradores do povo russo.

Até hoje, tanto a historiografia corrente no Ocidente como a historiografia oficial soviética, subordinada a interesses estatais e impedida de encetar uma investigação livre, têm sistematicamente mentido ou silenciado os factos relativos a um dos episódios maiores da fase final da Revolução Russa.

É a história desse episódio, esmagamento sangrento do último soviete livre, que este livro serve de introdução insubstituível”.


 

Ida Gilman, que usava o pseudónimo de Ida Mett, nasceu em 20 de Julho de 1901, em Smorgon (então Império Russo, na atual Bielo-Rússia). Seus pais, de origem hebraica, eram comerciantes de tecidos na comunidade judaica. Estudou medicina em Kharkov e Moscovo, cidade onde frequentava os círculos anarquistas. Casou-se com David Tennebaum. Foi presa por atividades subversivas e anti-soviéticas. Em 1924,  teve que ir para o exílio, pouco antes de obter seu diploma de medicina, para evitar a prisão. Conseguiu escapar clandestinamente da Rússia, graças à cumplicidade de alguns contrabandistas judeus. Morou na Polónia, com parentes, durante dois anos.

No Outono de 1925 chega a Paris, via Berlim, onde se encontra com Volin, Archinof e Nicolas Lazarévitch, filho francês de emigrantes revolucionários russos, integrantes do grupo A Vontade do Povo. Nicolás tornou-se seu companheiro de vida e de ideais.


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