terça-feira, 18 de maio de 2021

Documentos setecentistas para o estudo da região duriense

 Publicados recentemente (Fevereiro e Abril de 2021), estes dois volumes por Armando Palavras, reúnem um acervo documental que foi utilizado em tese de Mestrado (2001) e tese Doutoral (2011), esta apresentada em 2009.

No primeiro volume são transcritos os contratos realizados entre os mais diversos artífices setecentistas e os juízes das igrejas, incluindo os fregueses, para as obras realizadas em igrejas, capelas, e obras particulares e públicas em Penaguião (Santa Marta de Penaguião e Peso da Régua), encontrados no Arquivo Distrital de Vila Real (ADVR).

Destes contratos retira-se que a complexidade processual que envolvia a realização destas obras setecentistas é inequívoca.

Por ela se pode estabelecer uma cronologia precisa, desde a projecção à execução, além de outros elementos, tais como os seus intervenientes desde a entidade contratante aos contratados, fiadores e abonadores.


https://www.bertrand.pt/livro/a-actividade-construtora-setecentista-em-penaguiao-armando-palavras/24680082

https://libros.cc/A-actividade-construtora-setecentista-em-Penaguiao.htm

https://www.wook.pt/livro/a-actividade-construtora-setecentista-em-penaguiao-armando-palavras/24680082

https://www.amazon.fr/actividade-construtora-setecentista-Penagui%C3%A3o/dp/9897822623


No segundo volume trata-se de um acervo documental investigado pelo autor no Arquivo da Universidade de Coimbra.

O património da Universidade era em grande parte constituído pelo seu Padroado, ou seja, o conjunto das igrejas sobre as quais tinha o direito de apresentar os párocos, recebendo rendimentos compostos, sobretudo, pelos dízimos dessas mesmas igrejas, bem como de outros bens a elas anexos.

Todo este património era administrado pela Mesa da Fazenda, juntamente de um corpo administrativo que, sob as suas ordens, organizava todo o processo de rentabilização dos bens.

O arquitecto responsável pelas igrejas deste padroado era, à altura, Manuel Alves Macamba. A ele se devem alguns riscos de retábulos e de capelas-mores. A ele competia ainda aprovar as obras a executar nestas igrejas, pelos vários artífices, autorizando os seus orçamentos.

Neste volume, são abordadas as igrejas do Património Novo, fundamentalmente algumas do bispado de Lamego, as do Padroado do Colégio de São Pedro e a da Cumieira que advinham dos bens do Colégio das Artes.

Aos mestres era pedida a responsabilidade da obra através de contrato que, muitas vezes, culminavam em escritura pública, assumida nos apontamentos que subscrevia, mas cuja chancela poderia ter várias origens: o próprio mestre, o juiz da igreja, um ou outro religioso, entre outros.

O preço das obras era estipulado em arrematação, normalmente pelo lance mais baixo, na rua pública ou no adro da igreja. E estas, depois de arrematadas poderiam ser trespassadas a outros mestres.

Os pagamentos eram feitos em prestações várias, assim que os mestres revisores, normalmente dois, e escolhidos por ambas as partes, o entendessem, exigindo um prazo de conclusão, coincidindo, regra geral, com o calendário religioso.

Alguns mestres trabalharam em parceria (ou equipa), constituindo autênticas oficinas locais e sociedades.

https://libros.cc/Igrejas-setecentistas-do-padroado-da-Universidade-de-Coimbra.htm

https://www.wook.pt/livro/igrejas-setecentistas-do-padroado-da-universidade-de-coimbra-armando-palavras/24777217

https://www.bertrand.pt/autor/armando-palavras/5090070

https://www.bertrand.pt/livro/a-actividade-construtora-setecentista-em-penaguiao-armando-palavras/24680082

https://www.cienciavitae.pt/FB1C-337F-2EFE

https://www.linkedin.com/pulse/igrejas-setecentistas-do-padroado-da-universidade-de-coimbra-armando?trk=read_related_article-card_title 

https://www.fnac.es/a8508828/Igrejas-setecentistas-do-padroado-da-Universidade-de-Coimbra


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