O LIVRO
SINOPSE Wook
Que segredos poderão ser revelados sobre a descolonização de Angola? O que
terá sido discutido na ilha do Sal (em Setembro de 1974) entre Spínola e Mobutu
sobre as condições de transferência do Poder para a FNLA? Que facilidades
concedeu o almirante Rosa Coutinho aos Movimentos de Libertação ainda antes do
Acordo do Alvor? Porque insiste Almeida Santos que as reuniões de Argel (em
Novembro de 1974) entre Melo Antunes e Agostinho Neto resultaram no guião da
Penina? Porque quiseram os negociadores nacionais manter secreto o
protocolo-anexo ao Acordo que nunca foi divulgado? E que posição assumiram em
relação aos bens imóveis dos portugueses residentes no território? Qual o papel
de Mário Soares enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros? Qual a razão do
conflito entre a Coordenadora do Programa do MFA para Angola e o Alto
Comissário Silva Cardoso?
DESASSOSSEGADOR
Manuel Cruz | 06-05-2016
Um livro que demorei a ler, não porque fosse desinteressante, mas pela angústia que me provocava. Por tudo o que descreve e pelas fontes minuciosamente descritas, verifico que os factos nele narrados, provavelmente, se aproximam bastante da verdade. É uma verdade não oficial, é uma verdade que só alguns conhecem e foram silenciados, discriminados, marginalizados... Este livro é doloroso, como a verdade por vezes pode ser.. Atinge-nos como uma chapada seca, humilhante pela nossa impotência quando confrontados com ela.... Agradeço à autora o facto de me ter permitido VER o que há tantos anos andava escondido. Mudou definitivamente a minha vida
FACTOS DOLOROSOS
Daniel | 14-05-2015
Um livro, permitam-me o termo grosseiro, brutal. Com factos e dados que a história “oficial” durante anos tentou entuchar, a autora faroliza uma realidade da qual há muito se desconfiava: os obreiros da “descolonização” tudo fizeram, e conseguiram-no, para entregar Angola a um partido político por quem o MFA sentia afecto ideológico. Basicamente, a demonstração de como a guerra civil de Angola foi um produto intencional do MFA, particularmente de um homem que foi homenageado em plena Assembleia da República, Rosa Coutinho. Um livro desassossegador. E triste. Não obstante os amores que muitos portugueses ainda sentem por uma visão de Império que um momento da nossa história rematou, a verdade crua é isso mesmo e deve ser, em nome dela mesmo, retida por quem aprecia o valor que a verdade carrega.
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