terça-feira, 10 de novembro de 2020

Os mesmos do costume …


No Jornal de Notícias de oito de Novembro (p. 6), o representante dos Directores de escolas diz que “as escolas cumprem rigorosamente as orientações” e, portanto, assume com surpresa as queixas recebidas pela Provedoria ou remetidas para tribunal (sobre os vários incumprimentos).

vermelho, concelhos (169)
com escolas atacadas
de Covid 19
Hoje, na Antena 1, o mesmo representante dedica loas ao desempenho das escolas, que se adaptaram bem e promovem sucesso com as indicações sanitárias.

Porque razão estes cavalheiros proclamam um “milagre” que não existe, contrariando posições tomadas em Julho passado? Orientações da tutela e do dr. Costa? Parece…

De que escolas vem a informação destes cavalheiros? De certeza que não é daquelas onde existem 30 alunos por turma, onde os alunos estão a um palmo dos colegas e a dois dos professores. Que directiva seguem, neste caso, estas escolas? A de dois metros de distância?

Estes cavalheiros são os verdadeiros responsáveis pela tragédia que já se nota, porque são os do costume, seguindo a cultura socrática e lurdesca de onde as escolas portuguesas, infelizmente ainda não saíram.

                                            

                                         Lista_escolas_covid

Lista de escolas atualizada às 15 horas de 10 de novembro com 662 estabelecimentos

Neste momento a maior parte das escolas já não tem gel desinfectante, toalhetes, e a indisciplina é ao dobro da existente antes da pandemia!

Hoje não adiantaremos mais do que isto. Aconselhamos esses cavalheiros a consultar o levantamento da Fenprof. Num país decente, as escolas portuguesas tinham encerrado para se reorganizarem, passados 15 dias da sua abertura. Mas a mentira costumeira permitiu que se mantivessem nestas condições até hoje.

O país, por muita aldrabice que circule, não vai parar a pandemia sem reorganizar as escolas (e os transportes públicos). Metam, de vez, isso na cabeça.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Vai formoso e não seguro»

  JORGE  LAGE «Vai formoso e não seguro» – Já lá vão mais de nove anos que o recebi nos braços, no Hospital da Luz: - Meu deus, que perímetr...