sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A hipocrisia dos komentadores e “comentadores” acerca do CHEGA

 

A hipocrisia dos komentadores e “comentadores” acerca do CHEGA e do acordo deste com o PSD nos Açores é, deveras, escabrosa. Se nos Komentadores xuxas e acólitos é de vómitos, nos “comentadores” “social-democratas e “democratas cristãos, é de diarreia.

Porquê?, perguntarão. Muito simples. Hoje, os xuxas como Ana Catarina Mendes, e todos os outros xuxas, consideram, por interesse táctico, o CDS como um partido de direita democrata. Mas essa gente por acaso se lembrará do que os seus antecessores disseram do CDS? Lembrar-se-ão do que se passou em 1975 no célebre Congresso do CDS no Palácio de Cristal, no Porto?

Para essa gente aqui vai um pouco de História:

Enquanto o CDS realizava o seu Primeiro Congresso no Palácio de Cristal, no Porto, em 1975, o Palácio foi cercado e 700 pessoas ficaram reféns durante 12 horas!

“O Congresso não passará” e “morte aos fascistas” era o que se ouvia. Nas suas memórias politicas, Freitas do Amaral recorda aquele dia como o “maior pesadelo” da sua vida. Naquele dia (naquela tarde), não chegou a acabar o discurso previsto, sendo interrompido por tiros de pistola e pelo barulho de cocktails molotov, que eram difundidos por duas manifestações que pretendiam impedir o Congresso, e que chocavam com cerca de 100 policias que pretendiam proteger os congressistas e convidados.

Foram feridas 16 pessos e vários carros incendiados. A policia aguentou a coisa durante umas horas, com algumas baixas pelo meio, provocadas por matracas e pedras da calçada, a GNR chegaria já noite cerrada, a cavalo, ameaçando disparar sobre os manifestantes, e o COPCON (os militares), sob o comando de Otelo Saraiva de Carvalho, chegaria de madrugada, conseguindo evacuar os congressistas.

Essas forças “progressistas” (as de hoje) diziam que era um Congresso para “oprimir as massas”. E continuavam: “A realização no Porto do Congresso do CDS faz parte de uma ofensiva da burguesia contra a classe operária, no sentido de limitar os direitos democráticos das massas”. Disto dava conta o jornal de Noticias de 25 de Janeiro. Essas forças eram: a Juventude Socialista (JS), a Liga Comunista Internacional (JCI), a Liga de União e Acção Revolucionária (LUAR), Partido Revolucionário do Proletariado (PRP-BR) e o Movimento de Esquerda Socialista (MES).

Ao mesmo tempo, a Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa (OCMLP), um grupo maoista com forte implantação no norte do país e que era conhecido pelo nome do seu jornal, o Grito do Povo, também marcou outra manifestação, com trajeto diferente mas com ponto de encontro final igual: as portas do Palácio de Cristal.


Para essa gente segue esta nota de rodapé:



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