sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Não é tempo de pedagogia, mas sim de disciplina

O que nos ensina a pandemia é que o ser humano precisa muito de disciplina. O desconfinamento foi indisciplinado, a abertura dos estabelecimentos foi (nalguns casos) indisciplinada, os eventos, ressalvando as excepções, foram indisciplinados, o Verão foi periodo de praia, tremoços e cervejas de forma indisciplinada e, a abertura das escolas foi indisciplinada. O latino é indisciplinado por natureza. Se não for punido com severidade por não cumprir as regras, será indefinidamente indisciplinado.

Ora foi isso que se viu nas escolas. Abriram-se como se estivéssemos em 2008. O que se impunha era que se abrissem com os alunos disciplinados. Pelo contrário, a indisciplina continuou, tanto no recreio como nas salas de aula. Não se criaram medidas punitivas adequadas com o apoio da tutela. E um aluno indisciplinado, neste momento, não pode ter os mesmos direitos que um aluno disciplinado. É que neste momento, um aluno indisciplinado coloca em perigo de vida várias dezenas de colegas, professores e funcionários.

Mas tanto a tutela como a maioria das escolas portuguesas estão-se borrifando para a disciplina e a coisa está aí como tem indicado o levantamento da Fenprof, que contraria em muito os dados da DGS e da tutela.

Aliás, o próprio ministro continua com aquela conversa fiada da treta:” … a importância da manter em funcionamento o regime presencial, não apenas para garantir as aprendizagens dos alunos, mas também a sua saúde mental e física, assim como para assegurar o equilíbrio das famílias e a continuidade da vida profissional dos encarregados de educação”.

Esta gente ainda não percebeu que estamos numa Guerra. Mas neste caso invisível. As bombas e os tiros vêm sem sabermos de onde.

Na Segunda Guerra Mundial as populações sabiam de onde vinham as balas. Por isso, com a ajuda dos governos, adquiriram hábitos de disciplina. Houve recolher obrigatório e estado de emergência durante meses seguidos, dias que se viveram seguidos em caves e abrigos. Havia horas certas para ir à água, à padaria, e por aí adiante. Estes sacrifícios e esta disciplina durou quatro anos!

Anne Frank, para sobreviver, passou um ano no sótão. Criou, ela própria, medidas de disciplina. Durante seis anos, o tempo de ocupação, os liceus polacos não abriram, como nos informa Kapuscinski, em Andanças com Heródoto. E, no futuro, não houve problemas com as aprendizagens, nem com a saúde mental e física!

Essa conversa fiada soviética do dr. Costa e do seu ministro já cheira a peido mal dado. Como a conversa do sr. Jerónimo. Pedagogia! Pedagogia é para pessoas normais, para os anormais só disciplina ...

E a conversa fiada da Economia idem. Porque o problema da economia não é a pandemia. Foi, sim, a ROUBALHEIRA! Mas sobre isso nada dizem. Porque muitos dos gatunos acompanham esse governo nepotista. E a prova disso é a perseguição que têm feito ao Juiz Carlos Alexandre que há muito devia ter sido condecorado pelo Presidente da República.

Concluindo: Os números de hoje são aterradores! As autoridades civis e escolares têm que impor a disciplina a todo o custo, e já, punindo os prevaricadores. E o confinamento geral para 15 dias (no mínimo) é prioritário. Para reorganizar, sobretudo, as escolas (porque é aí que está o problema). Daqui a 15 dias, não venham com a aldrabice do costume! Não digam que não houve avisos!

                                         Os dados actuais das escolas são estes:

Lista_escolas_covid

Lista atualizada às 18 horas de 30 de outubro com 500 estabelecimentos



   vermelho 145 concelhos afetados pela covid 19 - 500 escolas!

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