quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Entrevista do Professor Adriano Moreira para o Arquivo Europeu de Vozes


Em entrevista para o Arquivo Europeu de Vozes, o professor universitário, ex-ministro de Salazar e ex-presidente do CDS Adriano Moreira fala sobre as suas memórias de Portugal e da Europa.

Adriano Moreira tinha menos de 40 anos quando foi chamado por Salazar para ser ministro do Ultramar no Estado Novo. O jovem advogado, que era simpatizante da oposição, aceitou e manteve-se dois anos no Governo.  Depois do 25 de Abril, manteve-se na vida política: deputado, presidente do CDS e membro do Conselho de Estado até 2019. Em 1974, publicava o livro “A Europa em Formação”, uma das primeiras obras em português sobre o processo da construção europeia.

Hoje, aos 98 anos de idade, Adriano Moreira diz-se desiludido com o estado da União Europeia. O Brexit é um dos sinais mais evidentes — “nunca vi um disparate destes na história inglesa”, afirma — de que “faltam os homens que fizeram a Europa”. Em entrevista, Moreira cita as memórias de Jean Monnet para apontar um dos principais problemas da Europa de hoje: é um projeto a que faltam as bases culturais. Se pudesse voltar a começar, começava pela cultura, disse em tempos Monnet, um dos pais fundadores da integração europeia.

Esta entrevista a Adriano Moreira foi feita em 11 de março de 2019, destinada a integrar o Arquivo Europeu de Vozes, um projeto organizado pelo coletivo europeu Arbeit an Europa que tem como principal objetivo reunir as memórias de personalidades de toda a Europa (além das fronteiras da UE) que, tendo nascido antes da Segunda Guerra Mundial, testemunharam desde o início todo o processo de construção da identidade europeia contemporânea. Mais do que reunir factos históricos, o Arquivo pretende olhar para a Europa como uma identidade cultural e ajudar a perceber — através de histórias de vida concretas — o modo como a identidade europeia foi ganhando corpo nos vários países que compõem o continente.

O projeto foi lançado em setembro e as cerca de 50 entrevistas, com pessoas de diferentes nacionalidades, vão ser publicadas semanalmente até ao final do ano na página do arquivo.

PODE SER LIDA NA ÍNTEGRA AQUI.

 

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