Virgilio Gomes |
Um doce novidade:
“Rabanada”
é um termo popular, tradicional e tratado com algum carinho pelos portugueses
como o fazem para outras tradições alimentares portuguesas e, especialmente, para
aquelas associadas a romarias ou festas de caracter religioso.
Se lermos o
“Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa”, de José Pedro Machado, 1952,
podemos observar: Rabanada, s. fatia. Parece derivado de rábano. Maria
de Lourdes Modesto na “Grande Enciclopédia da Cozinha”, 1960, define Rabanada
como sendo Fatia (de pão) que depois de bem molhada em leite e ovos é
frita. Serve-se polvilhada de açúcar e canela ou regada com uma calda de
açúcar. É um doce muito vulgar nas nossas consoadas. Também se lhe dá, em
diversas regiões do País, os nomes de fatia-dourada e fatia-de-parida. De
seguida apresenta três receitas: “Rabanadas com Calda de Açúcar”, “Rabanadas
Douradas” e “Rabanadas de Mel”. Depois cada região tem as suas, e especialmente
no Norte onde brilham em todas as mesas natalícias.
As
rabanadas já deixaram de se confecionar apenas no Natal. É fácil encontrá-las
em outras datas festivas e até em restaurantes surgem como sobremesa. E muitas
das vezes enriquecidas com caldas especiais, com vinho do Porto, com fios de
ovos, com frutas cristalizadas e muitos outros ingredientes que valorizam ou
identificam com as prepara.
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