sexta-feira, 26 de junho de 2020

Macedo de Cavaleiros: Folheando o Tempo


  A. M. Pires Cabral é um dos grandes vultos da literatura nacional contemporânea. Um Homem que não procura os holofotes da ribalta, que segue o seu trajeto, calmo e sereno, simpático, comprometido com os seus princípios, com as suas raízes, que é Nordeste Transmontano.
Este é autor que, há muito tempo, a Lema d’Origem esperava, sem desprimor para ninguém, como é lógico, pelas razões óbvias. A partir de hoje a orgulhamo-nos de poder afirmar que o nome “A. M. Pires Cabral” integra a lista de Autores desta editora, e só não aconteceu antes porque a pandemia que vivemos adiou muitos dos nossos projetos.
A obra será apresentada publicamente logo as condições de saúde pública o permitam.

Da obra:

Não é de Macedo cidade que se fala neste livro. Este é um livro de memórias pessoais que não ultrapassam o ano de 1968 – ano em que parti para a diáspora com a família a reboque: primeiro Bragança, depois Porto, depois Torre de Moncorvo, por fim Vila Real. Ora, nesse ano de 1968, a promoção de Macedo a cidade ainda vinha a trinta anos de distância. Mas as memórias têm de ter um cenário, e esse cenário é uma vila sem arranha-céus, nem semáforos, nem grandes superfícies comerciais. Uma vila com cérceas razoáveis, tráfego regulado apenas pelo Código da Estrada, comércio tradicional com balcão a separar a área do lojista da área do freguês e, sobre o balcão, o tradicional livro de fiados. É esse o meu Macedo, a vila que gosto de encontrar por trás da cidade em que se transformou, quando calha lá ir. Dizendo as coisas um pouco mais cruamente: gosto de ver no seu lugar casas e coisas que têm resistido à renovação um tanto selvagem que se tem vindo a operar aos nossos olhos.

Do autor:

A. M. Pires Cabral nasceu no concelho de Macedo de Cavaleiros em 1941. É licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra. A sua actividade literária estende-se pelas áreas da poesia, ficção, teatro, crónica, antologia e ensaio.
Estreou-se em 1974 com o livro de poemas "Algures a Nordeste" e tem até ao presente publicadas mais de 50 obras. Conquistou os seguintes prémos: Prémio Literário “Círculo de Leitores” 1983, com "Sancirilo"; Prémio D. Dinis 2006, com "Douro: Pizzicato e Chula" e "Que Comboio é este"; Grande Prémio de Literatura DST 2008, com "O Cónego"; Prémio de Poesia “Luís Miguel Nava” 2009, com "As têmporas da cinza"; Prémio de Poesia do PEN Clube 2010, com "Arado"; Grande Prémio de Conto ‘Camilo Castelo Branco’ APE / Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão 2010, com "O porco de Erimanto"; Prémio Autores SPA 2014 (Melhor Livro de Poesia), com "Gaveta do Fundo".
Textos seus foram traduzidos para alemão, francês, húngaro, inglês, italiano, castelhano, catalão e eslovaco.

António Lopes

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