domingo, 29 de dezembro de 2019

A década que não ousa dizer o seu nome


OBSERVADOR.PT
No mundo civilizado ou em vias de o ser, o capitalismo tem corrido bem, obrigado. E em Portugal? Nada de novo. Começámos a década com a típica bancarr...


No mundo civilizado ou em vias de o ser, o capitalismo tem corrido bem, obrigado. E em Portugal? Nada de novo. Começámos a década com a típica bancarrota socialista.

Alberto Gonçalves - OBSERVADOR

Dantes era fácil. Houve os loucos anos 20, os doidos anos 40, os chalupas anos 60, etc. Como é que chama à década que termina (sei que, na ausência do ano zero, a década só termina daqui a um ano, mas ponham as mariquices de lado por um instante e deixem-me continuar a crónica) agora? Não faço ideia. A década de 10 provoca confusões com a do século passado. Aliás, o conceito de década, assim toda arrumadinha e autónoma, parece ter nascido e se esgotado no século passado. Em pleno séc. XXI, como dizem os pasmados na televisão, os anos sucedem-se sem grande atenção a esses pormenores. Ainda assim, estão a completar-se 10 anos desde o início de 2010 e é de bom tom encher chouriços, e textos, com “resenhas” (ai) do período em causa. Eis, pois, a minha “resenha” das tendências destes anos 10, na perspectiva portuguesa que, por inclemência do Senhor e dos meus pais, é a que me calhou.


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