Um destes dias a Nação
acordou com uma Boa Nova: acabaram os chumbos até ao 9º ano!
É que as luminárias que
têm definido os destinos do país há cerca de 45 anos resolveram impor ao país o
que bem entenderam “sem dar cavaco a ninguém”!
A coisa não é nova. É
rançosa. Começou no Ensino Unificado (lembram-se?) e na
massificação do Ensino. Como sempre com ideias vindas de fora. Os ecos vieram
da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos da América (com ideologias marxistas
nessas áreas, retiradas do pensamento de Gramsci). Mas ao contrário daqueles
que quando iniciam uma experiência, investem nela durante 10 anos tirando as
devidas conclusões, abandonando-a se for o caso (e foi), no Portugalinho, o que
se inicia é definitivo.
E isto trouxe as
consequências que todos conhecemos, não apenas ao nível dos discentes, mas
ainda ao nível dos docentes: equivalências disto e daquilo, transformaram uma
certa percentagem de docentes impreparados para exercerem as funções que, de
facto, deviam exercer – a de professores (da docência). E foi a maioria desses
(dos das equivalências) que tomaram os lugares de chefia; os lugares que, de
certa forma, influenciam as comunidades.
Os quatro da vida airada: cocó, ranheta, facada e navalhada! A dona Lurdes, o sr. Pedreira, o sr. Walter Lemos e o sr. Sócrates. Diziam: "quem se não adaptar será TRUCIDADO!". |
É claro que toda esta
tramóia tem razões profundas: a mediocridade. Cidadãos incultos e, sobretudo
medíocres, são uma massa acrítica que permitem o que no Portugalinho se tem incrustado
nestas décadas: administração pública corrupta (logo Estado corrupto), políticos
medíocres governando em nepotismo e máfias asquerosas que contribuem para o mal
estar social, explorando até ao tutano quem trabalha, quem se esforça e quem é
sério e honesto. Tudo seguido das chamadas BANCARROTAS!
Apesar de tudo, se a
Educação do país tem mantido um nível razoável deve-o aos seus docentes que,
“contra ventos e marés”, nunca abandonaram os seus alunos a esta mediania de
políticas perversas.
Nenhum professor bem
formado se satisfaz com o chumbo de um aluno seu. E todos eles procuram
estratégias para menorizar este tipo de situação.
Legislar para acabar com
os chumbos até ao 9º ano (que a seguir virá o 12º ano, não tarda!) não é coisa
razoável. O que é preciso e necessário é criar situações concretas para que os
chumbos se reduzam, ou acabem naturalmente. Mas isso implica investimento –
DINHEIRO! O problema é que esse dinheiro vai para outros bolsos. Esta é que é a
questão!
Uma verdadeira
aprendizagem exige etapas. Quem aprende tem obrigatoriamente de passar por
várias etapas (com excepções, como é óbvio – mas isso não é para todos). Se não
aprendeu a primeira etapa não deve passar para a segunda. Se passa, fá-lo a
coxear. E se coxeia na segunda, na terceira…parte a perna!
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