Por BARROSO da FONTE
A maior parte dos eleitores estranhou que uma grande
Senhora, pela primeira vez, interrompesse uma arruada em Lisboa para apoiar um
candidato que antes de o ser já o era (primeiro ministro). Refiro-me a Manuela
Eanes, mulher do melhor Presidente da República desde o 25 de Abril. A
explicação foi dada no Observador dessa noite. Aí se pode ler: «De volta a Lisboa, António Costa
tinha uma arruada marcada para a Avenida Duque d’Ávila a que chegou pronto para
uma declaração sobre a morte de Freitas do Amaral — “um grande estadista”. A
informação apanhou a caravana socialista em plena viagem entre Viseu e Lisboa e
fez abrandar a eventual festa da tarde. Não houve bombos, foi uma arruada
pacata, e que de novo só trouxe mesmo o apoio da antiga
primeira dama Manuel Eanes. Mas não veio sozinha. Trouxe de volta à
campanha socialista um tema sensível para o PS. Os ataques e referências sobre
o caso Tancos já tinham serenado nesta campanha, mas Manuela
Eanes chegou para dizer “três coisas muito importantes”, uma delas que “houve
um caso gravíssimo em relação à instituição militar, gravíssimo. Que
siga o processo, que seja punido quem tem de ser punido e que haja muita
firmeza e grande autoridade em tudo o que se faz“. Para a mulher
do antigo Presidente da República, “a instituição militar tem de ser respeitada
e nós devemos-lhe muito». Para o primeiro ministro que «antes de o ser já o é»,
foi muito vistosa essa primeira Dama. Mas Costa teve, ato contínuo uma amostra
da irascibilidade que lhe corre nas veias ao responder, agressivamente a um
apoiante que lhe pôs a mão no ombro
enquanto se identificava. Quando ouviu a essência dessa conversam perdeu
a noção do cargo e arremeteu contra o ancião, acusando-de ser ali plantado pela
direita. À hora em que se escreve esta nota anda a maioria à procura de
alegações para que justifiquem a fúria
do político que - ainda fez - fez pior
ao camarada António José Seguro. A soberba, a prepotência e a propensão para o ataque contra a raia
miúda, vem ao de cima quando menos se espera.
Nota: recebemos este texto há dois dias com indicação do seu autor para ficar ao nosso critério a sua publicação, se chegasse depois da meia-noite. Acontece que já não é a primeira vez que nos mandam e-mails com determinada data e só dois dias depois nos aparecem no e-mail! Coisas da tecnologia! Ou de uma certa máfia sem escrúpulos? Por essa razão o publicámos, já fora-da-lei. Mas assumimos o risco.
A intenção, pode ter sido boa e respeitável,mas o aproveitamento pela informação dá-lhe a cor de quem paga. Por vezes um elogio traz mais veneno que mel, e o elogio ao PM, foi imediatamente descartado, pela atitude demonstrada. Manuela Eanes nunca mais vai esquecer a arruada que foi defender as Forças armadas, querendo justiça, e que os meios, frase do meio, não justificam os fins, e principalmente que o respeito se pode perder, e uma falha estraga um livro inteiro!
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