domingo, 6 de outubro de 2019

Mulher de Eanes (só) foi pedir respeito pelas Forças Armadas


Por BARROSO da FONTE
A maior parte dos eleitores estranhou que uma grande Senhora, pela primeira vez, interrompesse uma arruada em Lisboa para apoiar um candidato que antes de o ser já o era (primeiro ministro). Refiro-me a Manuela Eanes, mulher do melhor Presidente da República desde o 25 de Abril. A explicação foi dada no Observador dessa noite. Aí se pode ler:   «De volta a Lisboa, António Costa tinha uma arruada marcada para a Avenida Duque d’Ávila a que chegou pronto para uma declaração sobre a morte de Freitas do Amaral — “um grande estadista”. A informação apanhou a caravana socialista em plena viagem entre Viseu e Lisboa e fez abrandar a eventual festa da tarde. Não houve bombos, foi uma arruada pacata, e que de novo só trouxe mesmo o apoio da antiga primeira dama Manuel Eanes. Mas não veio sozinha. Trouxe de volta à campanha socialista um tema sensível para o PS. Os ataques e referências sobre o caso Tancos já tinham serenado nesta campanha, mas Manuela Eanes chegou para dizer “três coisas muito importantes”, uma delas que “houve um caso gravíssimo em relação à instituição militar, gravíssimo. Que siga o processo, que seja punido quem tem de ser punido e que haja muita firmeza e grande autoridade em tudo o que se faz“. Para a mulher do antigo Presidente da República, “a instituição militar tem de ser respeitada e nós devemos-lhe muito». Para o primeiro ministro que «antes de o ser já o é», foi muito vistosa essa primeira Dama. Mas Costa teve, ato contínuo uma amostra da irascibilidade que lhe corre nas veias ao responder, agressivamente a um apoiante que lhe pôs a mão no ombro  enquanto se identificava. Quando ouviu a essência dessa conversam perdeu a noção do cargo e arremeteu contra o ancião, acusando-de ser ali plantado pela direita. À hora em que se escreve esta nota anda a maioria à procura de alegações para que justifiquem  a fúria do político que  - ainda fez - fez pior ao camarada António José Seguro. A soberba, a prepotência e  a propensão para o ataque contra a raia miúda, vem ao de cima quando menos se espera.



Nota: recebemos este texto há dois dias com indicação do seu autor para ficar ao nosso critério a sua publicação, se chegasse depois da meia-noite. Acontece que já não é a primeira vez que nos mandam e-mails com determinada data e só dois dias depois nos aparecem no e-mail! Coisas da tecnologia! Ou de uma certa máfia sem escrúpulos? Por essa razão o publicámos, já fora-da-lei. Mas assumimos o risco.


1 comentário:

  1. A intenção, pode ter sido boa e respeitável,mas o aproveitamento pela informação dá-lhe a cor de quem paga. Por vezes um elogio traz mais veneno que mel, e o elogio ao PM, foi imediatamente descartado, pela atitude demonstrada. Manuela Eanes nunca mais vai esquecer a arruada que foi defender as Forças armadas, querendo justiça, e que os meios, frase do meio, não justificam os fins, e principalmente que o respeito se pode perder, e uma falha estraga um livro inteiro!

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