quarta-feira, 1 de maio de 2019

Raymond Aron e a Guerra fria

SOBRE O LIVRO



Em 1955, Raymond Aron publica o Ópio dos Intelectuais, um ensaio polémico e pedagógico que critica os intelectuais bem-pensantes de esquerda, fascinados pelo mito da revolução e pelo poder soviético, à frente dos quais está Jean-Paul Sartre, contemporâneo de Aron, que foi seu amigo na Ecole Normale Supérieure, antes da ruptura entre ambos no pós-guerra, por causa das suas divergências sobre a posição a tomar em relação ao comunismo e à União Soviética. O livro abre com duas citações, a clássica de Marx sobre o «ópio do povo», a segunda da sua amiga Simone Weil - «O marxismo é uma religião no sentido mais impuro da palavra. Partilha com todas as formas inferiores da vida religiosa o facto de ter sido continuamente usado, na palavra tão justa de Marx, como um ópio do povo». Aron refere-se a essa frase desde a sua crítica aos Entretiens de Jean-Paul Sartre et David Rousset, para dizer que a revolução já não era mais do que o "ópio dos intelectuais". (Alêtheia Editores)
"Os homens fazem a sua própria história, mas não sabem que história estão a fazer." Karl Marx

Image result for Carlos Gaspar, raymond aron e a guerra friaSOBRE O AUTOR

Carlos Gaspar é investigador do Instituto Português de Relações Internacionais e professor associado convidado da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Consultor da Casa Civil do Presidente Ramalho Eanes (1977-1985) e do Presidente Mário Soares (1986-1996), foi assessor político da Casa Civil do Presidente Jorge Sampaio (1996-2006). Director do Instituto Português de Relações Internacionais (2008-2011). É também assessor do Conselho de Administração da Fundação Oriente. Comentador de política internacional, colabora regularmente com o Público, TSF, Radio France Internationale, RTP, RDP e SIC. Publicou em 2017 o livro A Balança da Europa pela Alêtheia Editores.

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