Quando
a frota de Magalhães, agora constituída apenas por três naus, chega, a 28 de Março de 1521,
a Massava, a minúscula ilha das Filipinas, “o povo acorre, alegre e curioso, a
esperar os desconhecidos”.
Por precaução, antes de desembarcar, o almirante português, envia a terra o seu escravo Enrique (que havia adquirido entre 1509 e 1511 quando andou por terras do sudoeste asiático ao serviço de Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque), convicto que os nativos confiariam mais num homem de pele escura, do que nos de pele branca. De facto, assim foi. Como foi o que aconteceu a seguir.
Por precaução, antes de desembarcar, o almirante português, envia a terra o seu escravo Enrique (que havia adquirido entre 1509 e 1511 quando andou por terras do sudoeste asiático ao serviço de Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque), convicto que os nativos confiariam mais num homem de pele escura, do que nos de pele branca. De facto, assim foi. Como foi o que aconteceu a seguir.
Os insulanos seminus
rodeiam Enrique, gritando e gesticulando. E, subitamente, o escravo malaio de
Magalhães pasma, porque entende tudo o que aquela gente lhe diz. Tinha voltado
a casa, depois de há largos anos ter saído da sua terra natal em companhia de
Magalhães.
Volta agora, tantos anos depois de sair de Sumatra, a sua ilha natal, e arrastado pela Índia e pela África até chegar a Lisboa, à Europa, a ouvir fiapos da sua própria língua. Esta circunstância
tornou Enrique (e não El Cano) o primeiro homem a dar a volta ao mundo!
Estátua de Henrique de Malaca no Museu Marítimo de Malaca, Malásia |
E
Magalhães, o almirante português, que antes de sair de Sevilha, em testamento
tinha deixado que, se morresse em viagem, Enrique se tornaria num homem livre,
ficou a um passo do seu escravo. A cerca de 2500 km de igualar a façanha de
Enrique.
A serem celebrados os 500
anos da primeira viagem de Circum-navegação, dois homens (para além dos que
morreram e dos que não concluíram a volta) devem ser amplamente homenageados:
Magalhães e Enrique.
Dos sobreviventes e que acabou por chegar a Sevilha juntamente com El Cano, e que merece as mesmas honras de Magalhães e Enrique, chama-se António Pigafetta, o cronista da viagem , a quem devemos a mais fiel informação da mesma.
Armando Palavras
Dos sobreviventes e que acabou por chegar a Sevilha juntamente com El Cano, e que merece as mesmas honras de Magalhães e Enrique, chama-se António Pigafetta, o cronista da viagem , a quem devemos a mais fiel informação da mesma.
Armando Palavras
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