terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Presidente da República na última homenagem ao médico António Passos Coelho


O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, juntou-se hoje às centenas de pessoas que participaram no último adeus ao médico pneumologista e antigo presidente da Assembleia Municipal de Vila Real, António Passos Coelho.

O Presidente da República esteve presente na missa de corpo presente do médico, que exerceu a profissão durante 60 anos, realizada ao final desta manhã na Igreja do Calvário, no centro da cidade de Vila Real.
“Era uma figura excecional, foi excecional em Angola e aqui, era um verdadeiro senador”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado enalteceu o médico, pai do antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerando que “era uma figura muito respeitada, muito querida, porque era um médico sempre acessível e foi até praticamente ao fim da sua vida”.
“Foi um exemplo de serviço da comunidade, um grande exemplo”, frisou.
Marcelo contou ter estado com António Passos Coelho várias vezes.


“Esteve décadas aqui ao serviço da comunidade e, como digo, quase até ao fim da sua vida, sempre com uma juventude de espírito e com um espírito de dedicação total aos seus doentes, mas não só, ele interessava-se pela vida da comunidade. Isso é notável”, salientou.
Aos muitos anónimos que estiveram na última homenagem do médico juntaram-se o presidente do PSD, Rui Rio, os ex-líderes parlamentares sociais-democratas Luís Montenegro e Hugo Soares, os ex-ministros Miguel Relvas e Miguel Macedo, mas também o deputado Marco António Costa, o líder do partido Aliança, Pedro Santana Lopes, ou o eurodeputado socialista Francisco Assis, entre autarcas, deputados e dirigentes políticos locais.
Nascido em 1926, em Vale de Nogueiras (Vila Real), António Passos Coelho foi médico pneumologista, tendo passado pelo Caramulo, de onde foi para Angola, primeiro como responsável luta antituberculosa no distrito do Bié e depois como diretor do Hospital - Sanatório de Luanda.
Depois de regressar a Vila Real, foi diretor de hospital e abriu um consultório.
Foi militante de base do PSD, presidente da Comissão Política Distrital e presidente da Assembleia Municipal, eleito pelos sociais-democratas e, em julho de 2003 foi agraciado com a medalha de ouro de mérito municipal.
Ao longo do seu percurso de vida escreveu vários livros, entre poesia contos ou romance, nomeadamente “Gente da minha terra" e "Histórias selvagens", "Material humano" "Caramulo", "Zélia", "Angola, amor impossível", "Memórias do Céu e Inferno" ou "Delírio Rimado".
Fonte: A Voz de Trás-os-Montes

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