Na Biblioteca Pública de Chaves, decorre
amanhã (8) a apresentação de um livro
cujo autor celebra 97 anos de vida. Natural de Vila Pouca de Aguiar, já depois
de concluída a formação académica,
fixou-se em Chaves onde sempre exerceu o ensino secundário. Manuel José
Carvalho Martins é o seu nome e por ele fala a sua vasta e rigorosa obra de
investigador incansável.
Por razões de saúde não posso deslocar-me a Chaves como era meu
ardente desejo pela consideração pelo Autor da obra e pela obra que desenvolve
na trilogia histórica e cultural notáveis: Colunas - Camões - Castelo.
Três obras num só título que muito veem motivar as gerações futuras para o
aprofundado estudo que é inesgotável na tripla vertente historiográfica. E
também pelo labor intelectual do Autor que em 11 de Maio próximo completa 97
anos de idade.
Se deve tributar-se em vida o mérito humano a quem enriquece a
Humanidade, o historiador Manuel Carvalho Martins já demonstrou, em obras de
cariz científico e também em idade cívica, que merece um gesto público enquanto
está connosco. A sua idade e a sua lucidez reclamam que se cumpra essa
consagração. Como sócio fundador nº 5 do Grupo Cultural Aquae Flaviae,
proponho que essa Homenagem seja apresentada pela Associação a que pertencemos,
se possível, consubstanciada por outras da Cidade e em sintonia com a Câmara
Municipal.
Os sucessivos Chefes de Estado têm vindo a descentralizar a
atribuição de Comendas. O atual até condescende em levá-las consigo, sempre que
vai à Província (exceto a Trás-os-Montes). Se não tiver conhecimento da Obra e
do percurso de Vida deste Transmontano de 97 anos, sugiro que seja o Grupo
Cultural a lembrar-lhe esta personalidade que nos honra pelo seu civismo, pela
sua grandeza humana e pela obra que tanto reforça a Cultura Portuguesa de todos
os tempos. Há obras que não morrem. E os livros, embora não enriqueçam os seus
autores, ficam vivos, sorriem para os leitores que os procuram e são os fiéis continuadores
da historiografia Portuguesa.
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