quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

De aldrabice em aldrabice …



Hoje, José Rodrigues dos Santos abriu o telejornal com três noticias:

1 – A administração do Hospital São João entregou pedido de renúncia ao Ministério da Saúde, porque as cativações governamentais haviam degradado as condições de trabalho nessa instituição;
2 – Após 24H de ser anunciada a construção do aeroporto do Montijo, Costa veio agora desdizer o que disse: não avança.
3 – Antigos ministros da Educação discordam com o fim das propinas universitárias.


Cada um destes pontos merece comentário modesto:

1 – Quanto a este ponto, remetemos o leitor para afirmações de Santana Lopes que não foram refutadas por Carlos César; podem ser ouvidas AQUI.

2 – Que razões teriam levado António Costa a desdizer o que disse, em 24H? Apenas a simples razão de que o País não tem onde cair morto. E não havendo um chavo, “não há pão para malandros”. Acabem com a corrupção, e aí sim, talvez haja o pão tão almejado.
Uma coisa é certa, o filme de Costa a anunciar esse aeroporto já o tínhamos visto há cerca de uma década!

3- Que razões teriam levado os poderes públicos a anunciar o fim das propinas nas Universidades? E que razões teriam levado o Presidente da República a colar-se a essa decisão?
Este assunto é deveras importante para ser deixado aos interesses dos demagogos. Tudo deve ser pago … De acordo com as possibilidades de cada um. Acabar com as propinas é contribuir para as desigualdades. Porque os que podem pagar continuam a ter mais oportunidades do que os demais; os que não podem pagar. E a finalidade deve ser a igualdade de oportunidades. Com esta medida, os mais pobres continuam proporcionalmente desfavorecidos, porque não poupam nada. Os que podem pagar, pelo contrário, são favorecidos pela medida, porque podem poupar o que não gastam na propina.
Na verdade, os que podem pagar, devem pagar o que os mais necessitados não podem pagar (como indicam os princípios sociais democratas). Esta é a situação mais justa.
Dirão alguns opositores da medida que é populismo. Não é não senhor, é pior do que isso, é uma medida ideológica – COMUNISTA!
Dirão os comunistas: mas então porque é que os países nórdicos sociais democratas optam por este modelo? Por uma razão muito simples. Os países têm as suas especificidades. Nesses países a corrupção não corresponde a cerca de 7,9% do produto interno bruto (PIB), como em Portugal. Na Holanda os euros perdidos anualmente para a corrupção representam somente 0,76% do PIB; na Dinamarca e no Luxemburgo, corresponde 2%, no Reino Unido, a 2,3%, e na Finlândia, a 2,5%.

Da aldrabice e da corrupção no Sistema Educativo, trataremos brevemente.

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